terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ode aos ratos - Chico Buarque


Diante do desconhecido


Criminologia dos indesejáveis

Siro Darlan*

O ódio está no ar. Hoje qualquer reação das minorias diante do poder de coação e crimininalização dos hipossuficientes são tidas como absurdo. Foi o que aconteceu quando do anúncio do Congresso de Criminologia, Direito e Processo Penal retratado na arte de Carlos Latuf com o Estado Policial espancando um trabalhador. A reação foi de condenação à interpretação artística dessa violência real e inegável contra o povo pobre da periferia, os negros, gays e lésbicas. Quem matou Patrícia Acioly com 21 tiros? Quem matou Amarildo? A primeira representando o estado comprometido com o direito a exigir o respeito às leis e o segundo representando a opressão que sofre o povo trabalhador.


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Pela internacionalização do Brasil


Temer serviçal do mercado



O "mercado”

Flávio Dino:

"O "mercado" é o outro nome da elite entreguista, antidemocrática e antipopular que odeia o Brasil e os brasileiros.

Foi esse tal "mercado" que matou Getúlio Vargas, quis impedir a posse de Juscelino, fez o golpe de 1964 e jogou o país na atual confusão."

'O Nordeste é uma invenção das elites agrárias'

O historiador Durval Muniz de Albuquerque Júnior é uma referência nacional na área de identidade, gênero e subjetividades. Professor do curso de História da UFRN, conhece o Nordeste como poucos. Aliás, descobriu que a região localizada entre o Norte e o Leste do mapa é, na verdade, uma invenção da elite agrária brasileira.

Desse achado, nasceu um de seus sete livros já publicados. A Invenção do Nordeste e Outras Artes, que ganhou os palcos em 2017 em texto adaptado pelo filósofo Pablo Capistrano em parceria com ator e diretor Henrique Fontes, do grupo Carmim de Teatro.

Em entrevista à agência Saiba Mais, 29-10-2017, o historiador fala sobre as origens da região Nordeste, a seca como arma das elites, as subjetividades atacadas pelo capitalismo e sobre o avanço do conservadorismo no Brasil.

Uma Nova Canudos em São Bernardo do Campo

ABC paulista : 230 mil famílias não têm moradias
A ocupação do MTST se tornou um experimento social. Ali a organização vai além da questão da moradia. O crescimento tem a ver com acolhimento, solidariedade e organização social coletiva. Só Canudos atualizada em termos modernos ajuda a explicar sua força e dinamismo, escreve Luís Fernando Vitagliano, cientista político, em artigo publicado por Brasil Debate, 27-10-2017.

Eis o artigo.

Em 01 de setembro deste ano, cerca de quinhentas famílias organizadas em torno do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) ocuparam um terreno na zona metropolitana de São Bernardo do Campo. Em dois ou três dias eram mais de novecentas, depois 5 mil, e hoje, com dois meses de ocupação, somam mais de 8 mil famílias. O crescimento é exponencial e não se limita única e exclusivamente a sem tetos há muito esperando uma oportunidade de moradia. Gente que não consegue pagar aluguel, trabalhador muito pobre e sufocado pela recente crise, miseráveis da região e carências dos mais diversos tipos encontram muito mais do que uma lona erguida em torno de alguns pedaços de paus naquele lugar; encontram respeito e, principalmente, solidariedade.

Gilmar, a confraria dos soberbos e os abusos de autoridade avacalham resquícios de justiça no Judiciário

Informação privilegiada: loja de miçangas 
Wagner Batista

Com transferência para prisão federal, Bretas transformou Cabral em vítima

O juiz Marcelo Bretas deu uma demonstração de destemperada onipotência ao transferir o ex-governador Sérgio Cabral para uma prisão federal. Ele e o Ministério Público poderiam ter cuidado disso em julho, quando soube-se que o ilustre detento tinha como companheiro de cela e anjo da guarda um ex-PM condenado a 19 anos por negócios com o tráfico. É comum que os chefes de quadrilhas tenham guarda-costas na cadeia.

Mídia contamina fronteira entre sanidade e loucura em "O Sinal"

Wilson Roberto Vieira Ferreira

Desde “A Noite dos Mortos Vivos” (1968), filmes sobre pragas zumbis e contaminações virais se consolidaram como um subgênero do terror com uma característica recorrente: o foco narrativo sempre está nos sobreviventes ou cientistas que tentam salvar o mundo através da racionalidade ou da coragem. “O Sinal” (The Signal, 2007) subverte esse cânone do terror: o que aconteceria se um filme se concentrasse no ponto de vista dos zumbis? Como eles veem a si mesmos? Para eles quais seriam as fronteiras entre normalidade e loucura? O resultado é um filme sem heróis: apenas pessoas normais que não possuem a menor consciência de que foram contaminados por um misterioso sinal transmitido pela TV e dispositivos de áudio como CD players e de comunicação como telefones e rádios. “O Sinal” apaga a fronteira entre a normalidade e a loucura. Mas não espere zumbis canibais se arrastando pelas ruas – apenas pessoas aparentemente normais e até com intenções altruístas. Mas de repente podem matar impiedosamente aqueles que supostamente estejam no caminho da sua felicidade. Outro filme sugerido pelo nosso implacável leitor Felipe Resende.

domingo, 29 de outubro de 2017

José Dirceu e o nacionalismo

Valter Pomar

Não estou de acordo com a abordagem feita no texto de José Dirceu sobre o nacionalismo

Obviamente concordo em criticar o “nacionalismo” das elites.

Assim como concordo em criticar o “globalismo”, que na verdade expressa os interesses do nacionalismo das grandes potências.

Onde divirjo?

Acho um erro contrapor, ao “globalismo” e ao “nacionalismo” das elites, um nacionalismo “genérico”.

Mais adiante explicarei porque considero “genérico” o nacionalismo defendido por Dirceu.

Treze observações sobre a questão nacional

Breno Altman

1. Nem todo o nacionalismo é positivo.

2. O nacionalismo dos países capitalistas hegemônicos, por exemplo, é profundamente reacionário. Trata-se do discurso imperialista das burguesias centrais.

3. A social-democracia europeia afundou, antes da Primeira Guerra, porque aderiu ao nacionalismo grão-burguês e aceitou apoiar, em cada nação, sua própria classe dominante contra as demais, renunciando à primazia da unidade das classes trabalhadoras contra todas as burguesias. Esse foi o principal motivo da ruptura de Lenin com a II Internacional: critico impiedoso desse tipo de nacionalismo, por ele chamado de “nacionalismo dos opressores”, o líder bolchevique defendia a consigna “guerra à guerra”, entendendo que o inimigo principal do proletariado de cada país europeu era sua própria burguesia.

Reneocolonização do Brasil


Tudo isso vem transformando o Brasil de um país dependente que lutava com esforço para subir de degrau em um país em acelerado processo de reneocolonização.

O primeiro dos últimos dias de Temer

Jaldes Meneses

Após a votação de ontem da Câmara dos Deputados, liberando o presidente de responder no STF pelos crimes provados de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, começa hoje o primeiro dos últimos dias do governo Temer. O principal evento deverá ser as eleições de 2018, que promete emoções, sangue e suor. Mas ainda resta um rescaldo de tempo até o lançamento de chapas e convenções, entre abril e agosto. Como o tempo será preenchido até lá?

Cidadania e Dependência

Durval Muniz


A sociedade brasileira foi estruturada, desde o período colonial, mediante o estabelecimento de laços de dependência entre pessoas ocupantes de distintas posições sociais. Ao chegar às terras do que viria a ser o Brasil e ao iniciar a sua colonização, os portugueses viviam a longa e particular transição entre o mundo feudal e o mundo capitalista. Embora fosse, ao mesmo tempo, a ponta de lança de um dos empreendimentos fundamentais para a emergência do mundo moderno e capitalista – a expansão marítima europeia -, e o primeiro Estado Nacional a se formar, Portugal tinha a sociedade ainda fortemente marcada pela estrutural feudal, pelos valores e mentalidade senhorial, que a centralização do poder em torno de um rei e de uma corte, ao mesmo tempo veio reforçar e colocar em novas bases. 


sábado, 28 de outubro de 2017

Povo não cabe no projeto que a elite quer

José Dirceu

Estaria o nacionalismo condenado e viveríamos um mundo sem fronteiras nacionais, regido pela globalização, pela abertura dos mercados – principalmente financeiros – a caminho de um governo mundial?

Pode parecer piada de mau gosto, mas, no fundo, o substrato de toda a fundamentação, há décadas da avalanche da globalização, está no bordão do fim. Não da história, mas do conceito de nação e de sua própria existência, pelo menos como ente estatal, já que seria muita pretensão desconhecer as nações. Seria como se voltássemos e regredíssemos à Idade Média.

No nosso caso, nunca nossas elites – a não ser para usurpar o poder – conviveram ou aderiram ao nacionalismo. E, muito menos, à nação. Só o fazem para exercer ou tentar a hegemonia cultural, impondo sua visão do que seja a nação, sempre a partir de seus interesses e visão do mundo. Sempre foram inimigas mortais dos governos dito nacionalistas, seja Getúlio, JK, Jânio com sua política externa independente, Jango e, pasmem, Geisel.

Pré-sal, o maior roubo da história do Brasil: 900 bi por 6


Thiago dos Reis

O maior roubo da história do Brasil aconteceu hoje; não vai ter destaque na mídia, são mais de 800 bilhões. 75% desse dinheiro iria para a educação e 25% para a saúde mas a lei de autoria de José Serra, votada após o golpe mudou o regime de partilha para um leilão. E o Brasil vendeu tudo por quase 200 vezes menos que o preço de mercado.

Gestão midiática de Doria Jr. promove pobres a biodigestores de lixo orgânico

“carne de excrementos humanos”
Wilson Roberto Vieira Ferreira

Vivemos tempos realmente estranhos. Chegamos no futuro e parece que a realidade começa a realizar, de maneira irônica, as distopias sci fi dos anos 1970 como por exemplo, “No Mundo de 2020” (Soylent Green, 1973, com Charlton Heston) no qual uma empresa produzia um tablete verde para alimentar as massas pobres, enquanto somente a elite tinha comida de verdade. Confirmando a vocação paulistana vanguardista de laboratório para o “brave new world”, o prefeito João Doria Jr. anuncia o programa “Alimento para Todos”, numa parceria com a Plataforma Sinergia para processar restos de alimentos que se transformarão em um “granulado nutritivo” para a “camada mais pobre da sociedade” – seguindo a trilha do Japão que já possui “carne de excrementos humanos”. Como “gestor sustentável”, Doria Jr. acredita que todos ganharão: não haverá nem desperdício e nem fome. Se no filme de 1973 tudo era envolto em uma conspiração, hoje tudo é cinicamente explícito através da “Pobretologia” - resolver o problema do Capitalismo que produz restos (pobres, famintos, desempregados, idosos, aposentados, excluídos etc.) e que precisam ser reciclados de forma cinicamente “sustentável”: desempregados viram empreendedores, idosos se convertem em target de consumo chamado “Melhor Idade” e pobres viram biodigestores de restos orgânicos.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Modernização Trabalhista


Desemprego, o resultado da Reforma Trabalhista


Porque Reforma Trabalhista





O Socialismo com Características Chinesas na Nova Era e sua principal contradição


 Xi: "O que enfrentamos agora é a contradição entre o desenvolvimento desequilibrado e inadequado e as necessidades cada vez maiores do povo por uma vida melhor".

“Deng Xiaoping uma vez teorizou que quando a China cumprisse uma série de objetivos em seu desenvolvimento, apontaria um caminho alternativo aos povos oprimidos do mundo. Demonstrando, portanto, a superioridade do socialismo frente ao capitalismo como a única solução para um desenvolvimento sustentável, científico e humano.”


O Pequeno e Irônico Dicionário para Aspirantes ao Mérito-empreendedorismo

Wilson Roberto Vieira Ferreira

Ok, vocês venceram! Por isso, o “Cinegnose” vai dar uma ajuda aos aspirantes e adeptos da nova religião do mérito-empreendedorismo (meritocratas + empreendedores) desse admirável mundo novo, no qual maquininhas de crédito e débito substituíram da Carteira de Trabalho por meio da inabalável fé de que, um dia, a força de trabalho se transubstanciará em Capital. 

Para entender esse Mistério da transubstanciação de uma categoria econômica em outra (que se equivale ao da Santíssima Trindade ou da própria redenção de Cristo) é urgente dominar o jargão hermético dessa seita – “foco”, “nicho”, “aplicativo”, “sustentabilidade”, “agregar”, “gestão”, “inteligência” entre outros termos aparentemente inescrutáveis. Bem vindo à Metafísica da Teologia desses novos tempos, através do “Pequeno e Irônico Dicionário para Aspirantes ao Mérito-Empreendedorismo”.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Três didáticos casos de guerra híbrida e bombas semióticas que a esquerda finge não ver

Mitologia meritocrática legitima reformas 
Wilson Roberto Vieira Ferreira

Três didáticos casos sobre o alcance da atual guerra híbrida que a esquerda parece fingir que não existe, encastelada na sua “estratégia política” ao dar corda para o desinterino Temer supostamente se enforcar: o porquê das panelas não baterem mais; o “conto maravilhoso” do ex-executivo que virou sem teto; e a minissérie da TV Globo “Sob Pressão”. Três pequenos casos exemplares de como as bombas semióticas, mobilizadas pela guerra híbrida, constroem a atual mitologia meritocrática que vige no País legitimando as reformas do ensino, trabalhista e previdenciária – uma mitologia que não nega a realidade, mas a pontua através da ficção, despolitizando o debate e normatizando a crise como fosse mais um desses desafios que surgem em nossas vidas, somente superados pelo esforço pessoal.


CNJ: pura e simplesmente perseguição política:

Muitos juízes se manifestaram a favor do impeachment e não sofreram punição por isso.

Pedro Abramovay

No mais perigoso de seus movimentos, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu processo para aplicar uma punição política em quatro juízes (André Luiz Nicolitt, Cristiana de Faria Cordeiro, Rubens Casara e Simone Nacif Lopes) por terem participado de manifestação contra o impeachment.

Campina Grande: Stiupb e Sintab contra Projeto de privatizações do Governo Romero

Protesto do Stiupb e Sintab contra Projeto de privatizações do Governo Romero ocupa Gabinete do Prefeito e Câmara Municipal

Os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb), através do seu presidente, Wilton Maia Velez, bem como os representantes dos indicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab) reuniram centenas de servidores e a população em geral num protesto na manhã desta terça-feira, 17, no qual ocuparam o gabinete do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB) e a Câmara Municipal, onde está o Projeto de Lei encaminhado pelo prefeito que trata da Lei das privatizações dos serviços públicos municipais, inclusive da Cagepa.

Assombrosa devastação do patrimônio público em Campina Grande

Como tirar riscos de um sofá de pele

Olá mamãs!

A minha princesa fez uma obra de arte com esferográfica no braço do sofá que é em pele, como tiro os riscos?

Já tentei com álcool e não adiantou. As paredes ainda se limpam agora no sofá é mais complicado:|

Demãeparamãe


Horda vermelha vandaliza Câmara em Campina Grande


Presidente da Câmara acusa sindicalistas de vandalismo e diz que vai à Justiça

A presidente da Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), Ivonete Ludgério (PSD), acusou nesta quarta-feira (25) sindicalistas, sob o comando do Stiupb e do Sintab, de invadiram a Câmara, onde teriam tumultuado a sessão de hoje, depredado patrimônio, agredido verbalmente e ameaçado servidores e jornalistas que se encontravam no local. A CMCG disse que vai acionar as entidades na justiça.


Algo não cheira bem no STF


A respeito do trabalho escravo

JB' já havia alertado sobre declarações a respeito de trabalho escravo

Nesta terça-feira (24), o jornal El País ressaltou que a sátira do ministro do STF, Gilmar Mendes, dirigida à polêmica sobre a nova portaria referente ao trabalho escravo deveria ter sido dirigida contra os carrascos, e não contra as vítimas. "Com sua ironia, o magistrado mostrou não entender — ou será que entendeu, sim? — que o que ele estava fazendo era apoiar a flexibilização da legislação contra o trabalho escravo."

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Atacante corintiano Jô foi vítima da "Pan Lava Jato" da Globo

Wilson Roberto Vieira Ferreira

Pobre Jô!, atacante corintiano que fez um gol com o braço e determinou a vitória do Corinthians sobre o Vasco no último domingo. A Globo, com a sua tradicional máquina de moer reputações para confirmar a pauta do jornalismo, elegeu o atacante como caso exemplar de todas as mazelas que o País precisa sanar na sua cruzada moralizadora anticorrupção. Lava Jato no futebol, pela honestidade no esporte! Implantado na Alemanha e Portugal, lá o árbitro de vídeo é uma decorrência da evolução natural da tecnologia no esporte. Mas aqui, é resultado da narrativa global da "Pan Lava Jato" na qual todas as editorias do jornalismo da emissora precisam ser encaixadas. Imolado em praça pública, Jô foi mais uma vítima do “modus operandi” da TV Globo: escândalo moral de uma suposta vitória injusta, o bate-bumbo dos seus apresentadores e comentaristas, o pronto julgamento moral e sentença do atacante corintiano e, no final, a "delação premiada" do Jô para tentar se safar da condenação.

“O Poder Político da Mídia Hegemônica”

Editor do "Cinegnose" debate Mídia e Hegemonia Política na UFRRJ

Wilson Roberto Vieira Ferreira

Este editor do “Cinegnose” participa de mesa de debates “Meios de Comunicação e Intervenção Social” às 18h do dia 24/10 dentro do II Seminário Qualidade de Vida, Sustentabilidade e Economia Alternativa na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na cidade de Seropédica. Irei expor o tema “O Poder Político da Mídia Hegemônica” no qual descreverei os efeitos socialmente letais daquilo que as pesquisas desse blog chamam de “bombas semióticas” dentro de uma guerra geopolítica mais ampla – a “Guerra Híbrida”, nesse momento impactando o contínuo midiático nacional e por trás das diversas “primaveras” que rondaram o planeta nos últimos anos. E também uma avaliação das oportunidades de contra-hegemonia perdidas e a possibilidade de uma guerrilha semiótica anti-mídia.

Vamos privatizar tudo


"Não se curem além da conta"


Cid Benjamin: 'Está tudo acanalhado'


A gangue que dá as cartas no Planalto perdeu a compostura. Quem ainda não está preso corre atrás da imunidade e busca desculpas esfarrapadas para tentar escapar da punição

Rio - A frase acima é da lavra de um tio-avô meu, já falecido. Não o conheci, mas suas histórias eram famosas na família. Moreno escuro, quase mulato, simpático, usava brilhantina no cabelo e gostava de dançar. Diante das safadezas dos políticos (sim, elas já existiam na época!), afirmava como um mantra: "Está tudo acanalhado".

Superar a dicotomia entre esquerda, direita e centro

Precisamos superar a dicotomia entre esquerda, direita e centro, na política, afirma Aldo Rebelo

No debate, que foi mediado pelo assessor parlamentar do DIAP, Marcos Verlaine, o professor Belluzzo disse que dada à necessidade de realimentar as esperanças é preciso ser muito realista, muito crítico e fazer uma reflexão social, política e econômica. “Não podemos ficar alimentando ilusões de que o País vai melhorar espontaneamente. A economia vai começar a se recuperar de forma lenta, o emprego mais tarde, o investimento mais tarde ainda. O Brasil está em um período delicado. Isso não começou nesse governo, mas em 2015”, disse.

Desigualdade, desenvolvimento e alianças políticas

Cláudio de Oliveira 

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o economista Thomas Piketty defendeu a redução da desigualdade social como condição necessária para o desenvolvimento econômico do Brasil. Segundo ele, pela experiência dos países desenvolvidos, um forte mercado interno é um motor imprescindível para o crescimento [1].

Para alcançar tais objetivos, propôs o caminho clássico da social-democracia europeia: a constituição de um Estado democrático de Bem-Estar Social financiado por um sistema tributário progressivo, especialmente a taxação das altas rendas.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Lula contra a desigualdade social

A desigualdade do capital

Marcio Pochmann  

Quando as políticas públicas começavam a desenhar uma ação para atacar a desigualdade extrema do capital, o condomínio de interesses em torno do Projeto para o futuro destitui a presidenta democraticamente eleita. No seu lugar, emergiram as reformas contra os pobres e os segmentos de rendimentos intermediários, o que tem favorecido ainda mais as rendas do capital.

Controvérsia

 


Por que Lula é tão perseguido?


Estive, nos últimos dias, em Petrolina ministrando uma palestra para os cristãos reformados da Igreja Batista sobre a situação política do País. Nesta ocasião, pude fazer debates e alocuções em estações de rádio e blogs da terra. Também tive a oportunidade de receber um belo presente do bispo metodista, Jeova Jacinto da Silva,l sobre a origem da formação teológica dos Presbiterianos, Batistas e metodistas no Brasil e suas igrejas-mães na Europa e nos Estados Unidos. Embora não seja ministro religioso, não professe nenhuma confissão de fé e não tenha ido falar àquela comunidade cristã de qualquer assunto de natureza teológica ou doutrinal, admito que foi um aprendizado e tanto.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Pagamento de doméstica


Todo extremismo é burro




“Instaurar uma renda básica universal ajudaria a criar emprego”, afirma Guy Standing


“Ainda que possa parecer curioso, as rendas básicas ajudam a criar emprego”. A reflexão foi feita pelo economista britânico Guy Standing, na Faculdade de Economia e Empresa, da Universidade de Oviedo, em uma das jornadas organizadas pelo Instituto Asturies 2030, nas quais foram analisados os prós e os contras de se instaurar este tipo de renda mínima para combater a pobreza. O inglês é um firme defensor destas contribuições. Na palestra também participaram o porta-voz parlamentar do Podemos em Astúrias, Emilio León, o decano da Faculdade, Julio Tascón, e o catedrático de Fazenda Pública, Javier Suárez Pandiello.


Mensagem que Rosa Luxemburgo deixa para as mulheres do século XXI


Isabel Loureiro

Por que em um momento de derrota da esquerda na América Latina e em todo o mundo ainda falamos de Rosa Luxemburgo? O que fez essa revolucionária judia-polaca-alemã para que, cem anos depois de seu assassinato, em janeiro de 1919, suas ideias ainda nos interpelem?

Ainda que brevemente é preciso dizer que Rosa militou durante 20 anos na social-democracia da Polônia (SDKPiL) e na social-democracia da Alemanha; polemizou toda a vida com Lênin; participou ativamente da revolução russa de 1905; foi a única mulher a ser professora de Economia Política na Escola do SPD (Partido Social-Democrata Alemão); junto com seus pares da ala esquerda do SPD, fundou a Liga Spartakus –nome em homenagem ao gladiador de origem trácia que liderou uma revolta de massas na Roma antiga;

Bacelar: " nossa elite é interessante, todos liberais e dependentes do estado"



A cientista social e economista pernambucana Tânia Bacelar priorizaria investimentos em infraestrutura e Educação para reduzir os efeitos da crise no Nordeste. Para ela, o impacto negativo só não foi maior em razão da pujança econômica do governo Lula na região, o que ainda segurou alguns indicadores.

Referência entre os especialistas na área social e econômica, Tânia é conhecida pela defesa de políticas públicas em favor da parte debaixo da pirâmide social brasileira. A convite do ex-presidente Lula, participou do conselho político criado nos governos do PT com técnicos de vários segmentos para contribuir com sugestões e criticas.

sábado, 21 de outubro de 2017

Ha quem diga que foi "só consumismo"



Um palhaço, dois delegados, um major e um capitão.

Filho de Bolsonaro elogia ditadura militar ao receber prêmio Congresso em Foco

Os mesmos “bolsominions” que destilam ódio diariamente nas redes sociais se empenharam para eleger, em uma votação online, Eduardo Bolsonaro como o “melhor deputado” do Congresso em 2017. Em seu discurso, para variar, atacou a esquerda, o feminismo, chamou membros do MST de “terroristas” e continuou batendo na tecla retórica da “ideologia de gênero”

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Dos 20 parlamentares que aparecem no ranking, 13 são de partidos mais à esquerda e 7 mais à direita. E desses 7, tem um palhaço, dois delegados, um major e um capitão.

Revista Forum 



sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Por um diálogo entre esquerda e identitarismos

Angela Davis e Jean Genet

Mensagem a Luiz Carlos Azenha: “é um grave erro pensar que o esvaziamento da luta anticapitalista se deve às pautas identitárias”

Dennis de Oliveira

O jornalista Luiz Carlos Azenha publicou recentemente um comentário intitulado “os movimentos identitários e o dividir para governar” (clique aqui para ler). Por ser um profissional que respeito imensamente e que tem contribuído na luta contra as narrativas hegemônicas da mídia golpista, é que resolvi escrever este artigo contestando suas afirmações.

Azenha levanta uma questão importante que é o papel de divisor do campo da esquerda que os movimentos chamados por ele de identitários (negros, mulheres, LGBT) produzem ao subordinar a luta contra o capitalismo às reivindicações por reconhecimento das identidades. As experiências que o jornalista teve nos Estados Unidos são os seus principais argumentos.

Bancada Evangélica negocia dívidas de igrejas em troca de ajudar Temer com denúncia


Promessa cumprida: 3 refeições por dia.


Ascensão social


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