terça-feira, 28 de agosto de 2018

O "fenômeno" Bolsonaro


Michel Zaidan Filho:

Viajei, neste fim de semana, com 3 jovens, trabalhadores autônomos, que votam em Jair Bolsonaro e são encarniçadamente. Fiquei imaginando o que leva essas pessoas tão jovens e de escassa experiência na vida política brasileira a defender a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República e a anatemizar a figura do ex-presidente LULA, isso numa cidade que é majoritariamente lulista, mas que também realiza nesses próximos dias um Congresso Eucarístico Nacional. É quando me lembro da foto de um outro congresso, o congresso dos integralistas, realizado em 1937. Teria a religião - numa modalidade de fé fundamentalista, ultramontana e conservadora - sido responsável pela formação de uma mentalidade pequeno-burguesa tão reacionária, sobretudo entre os mais jovens.? Fiquei com uma interrogação na cabeça e pus-me a refletir sobre as fontes que alimentam o 'fenomeno' bolsonarista.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Cartas na Mesa (Wanderley Guilherme)


Wanderley Guilherme dos Santos 


A euforia petista facilita demarcar divergências em relação a outras vertentes progressistas. Não é em momento de depressão ou de reduzido prestígio social do PT, mas quando dirigentes e militantes antecipam possível vitória no primeiro turno de Lula/Haddad, que faço um descarrego pessoal.


O vício de origem do processo que encarcerou o candidato Lula/Haddad não basta para cobranças de adesão a qualquer decisão emanada da direção do PT ou do próprio Lula. 

Eu voto no Partido dos Trabalhadores


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

ESTOMAGO: NA HORA DA MESA, HÁ DIFERENÇA ENTRE OS QUE QUEREM MATAR A FOME E OS QUE SACIAM SEU PALADAR


Wagner Batista

Nos anos 1970, Celso Furtado, paraibano de Pombal, discorreu sobre carências. Sobre a profunda diferença que existe entre a falta de uma garrafa de vinho e um naco de pão numa mesa familiar. O decisivo em eleições não é o estomago dos que têm fome, mas o apetite insaciável dos pantagruéis que definem o cardápio político, a agenda do judiciário, as regras e o resultado do jogo de cartas marcadas..

Razão não depende de geografia

No imaginário nacional, o Nordeste segue como a terra que vota com o estômago

Fabiana Moraes 

Somos um país de pobres que detesta a pobreza. Aprendemos que ela é abjeta e que em seu interior há pouca chance de dignidade. “Cara de pobre”, “coisa de pobre”, “pobreza pega”. O que é dito como brincadeira guarda seus enunciados de verdade. Logo, é comum soltar um “os pobres precisam parar de ter filhos”.
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