segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Filosofia na rua


Intelectuais não falam a língua do povo ?

Entrevista de Carlos Nelson Coutinho a Dênis de Moraes (trecho)

Não teria a intelectualidade de esquerda uma certa dificuldade de se comunicar com um público mais amplo, em função da linguagem elaborada que utiliza?

Gramsci tem uma teoria dos intelectuais muito rica, precisamente, nesse sentido. Segundo ele, há o grande intelectual, o produtor de ideologias, mas há também um sem-número de ramificações e mediações, através das quais os pequenos e médios intelectuais fazem com que as grandes ideologias e teorias cheguem ao que ele chama de “simples”, ou seja, ao povo. 

A Alma dos Golpistas


A Justiça não gosta de brasileiro


Judiciário não gosta do povo preto, pobre e jovem


O Judiciário não gosta do Lula

É possível punir Lula e se calar sobre José Serra?

Em artigo, o cientista político Marcos Coimbra, da Vox Populi, aponta que a seletividade judicial no País só tem contribuído para tornar Lula ainda mais forte nas pesquisas; por outro, não há como puni-lo sem antes fustigar minimamente políticos como Serra que se beneficiaram de esquemas multimilionários

domingo, 30 de outubro de 2016

Ainda é possível escapar à barbárie capitalista?

Entrevista de Carlos Nelson Coutinho a Dênis de Moraes (trecho)

Certamente ainda é possível. O quadro atual, como tenho dito, nos é bastante desfavorável. Desde que comecei a pensar a política, já lá se vão mais de 40 anos, nunca a conjuntura foi tão desfavorável à esquerda quanto nesse último período. 

Mas já houve outras épocas históricas, antes destes meus 40 anos de militância e reflexão, em que as coisas foram ainda piores. 

Imagine o que sentia uma pessoa de esquerda quando quase toda a Europa estava ocupada pelas tropas nazistas, as quais, entre outros avanços, chegaram a até 40 quilômetros de Moscou. 

Perdemos uma batalha, mas o resultado da guerra não está decidido.

Entrevista de Carlos Nelson Coutinho a Dênis de Moraes (trecho)

Você faz parte de uma geração de intelectuais que testemunhou diversas mutações culturais e políticas nos últimos 40 anos. Do  Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes à febre digital, nada parece ser como antes. Como se sente na condição de remanescente dos anos 60 vivendo neste conturbado começo de milênio?

Enormes mutações realmente ocorreram, mas ao mesmo tempo se pode perceber, por trás da descontinuidade entre os anos 1960 e o início do século XXI, algumas linhas de continuidade.

Moro é o Alienista de Machado de Assis.



Sidney Chalhoub

O artigo abaixo foi escrito pelo professor e historiador Sidney Chalhoub. Ex-Unicamp, Chalhoub leciona agora História da América Latina e do Caribe na universidade de Harvard.

Itaguahy é aqui e agora, diria talvez Machado de Assis, ao observar o ponto ao qual chegamos. Ao inventar Simão Bacamarte, o protagonista de “O alienista”, Machado mobilizou sem dúvida referências diversas, tanto literárias quanto políticas. Parece certo que se inspirou também em personagens históricas concretas, ou em situações de sua época que produziam tais personagens.

Davi e Golias na Terra de Santa Cruz


A religião do medo

Frei Betto *

Muitos cristãos foram educados na religião do medo. Medo do inferno, das chamas eternas, das artimanhas do demônio. E quando o medo se apodera de nós, adverte Freud, transforma-se em fobia. Recurso sempre utilizado por instituições autocráticas que procuram impor seus dogmas a ferro e fogo, de modo a induzir as pessoas a trocar a liberdade pela segurança.

O Brasil na modernidade


A Força da Imaginação


sábado, 29 de outubro de 2016

Quando STF elimina direito de greve de servidores, passou da hora de repensá-lo

Brenno Tardelli

Algum limite tem que ser pensado pela sociedade civil – esqueça as instituições – a uma corte que toda semana resolve mexer na Constituição para eliminar um direito da população. Nesta última de outubro, a aposentadoria e o direito de greve de servidores públicos – estes mesmos, na base da pirâmide, esquecidos pelos burocratas que usufruem de todos os privilégios lá do alto – foram as mais recentes vítimas.

Pensões dos mais pobres não serão mais vinculadas ao salário mínimo

Marcos Santos

A ideia do governo Temer é incluir na reforma da Previdência a desvinculação dos benefícios de prestação continuada (Loas) e pensão por morte do salário mínimo; a justificativa é que, nos últimos anos, a política de aumento real do salário mínimo (acima da inflação) fez os gastos da seguridade social explodirem; juristas, porém, desaconselham a medida, alertando para o risco de que essa vinculação seria "cláusula pétrea" da Constituição

Normas de Segurança em Estado de Exceção


2036: Boas Notícias.


Temer: Menos Médicos


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A PEC 241 e a blindagem constitucional da hegemonia rentista

Aguinaldo, paraibano da Queiroz Galvão cumpre seu dever 
"A PEC 241, apelidada carinhosamente de #PecDoFimDoMundo, surge como o maior símbolo de uma inflexão na nova fase do capitalismo dependente brasileiro."

PEC 241 e funcionalismo público: salários congelados e menos concursos

Salários congelados e menos concursos: como a PEC 241 pode afetar o funcionalismo público

Ingrid Fagundez

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 segue para votação no Senado sob críticas por alterar financiamento de saúde e educação

'Se vai ter cortes nas escolas e nos hospitais, por que não nos benefícios de juízes?'

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

É ilógico que o Congresso fique sujeito a um juiz de 1ª instância, e não ao STF

Presidente do Senado
Janio de Freitas

O esbravejar de associações de juízes e de procuradores contra um protesto do presidente do Senado não é, apenas, mais uma das tantas manifestações de corporativismo com que tais categorias se privilegiam. A reação desproporcional teve também a finalidade de depressa encobrir, com o barulho exaltado, uma ordem judicial vista como abusiva. É dar as costas à democracia.

Nem por ser quem é, Renan Calheiros está impedido de ter, vez ou outra, atitudes corretas.

Frente cidadã; Unidade não é identidade

 Unidade Aberta
No Chile, emerge uma esquerda sem medo

Sharp, o novo prefeito de Valparaíso: eleito por frente cidadã que incluiu Revolución Democrática, Izquierda Libertaria, Nueva Democracia, Movimiento de Pobladores Ukamau e Partido Humanista, além de coletivos locais

Surpresa nas eleições municipais: além da abstenção altíssima, e da derrota da ambígua presidente Bachelet, uma frente de organizações autonomistas vence na terceira maior cidade — e pode disputar a presidência

PEC 241: do Mais Médico ao Menos Saúde

PEC 241 não mexe em salário de políticos,de juízes, nas verbas bilionários para mídia e nos trilhões para banqueiros

Enquanto a mídia faz a festa com o trem da alegria de aumentos de verba pública de até 3000%, como a Editora Caras ligada a VEJA (Leia), Temer prega um discurso de “cortes” mesmo com o aumento que o mesmo deu para a Justiça sem vetos esse ano (Leia) e sem mexer nos salários e benefícios de parlamentares, juízes, quem irá pagar a conta é o povo e principalmente sem Temer mexer nos 950 bilhões pagos em juros da dívida para banqueiros todos os anos, quem será sacrificado será o povo, a previdência, saúde e educação.

O fim do Brasil e o suicídio do Estado



Mauro Santayana

Dizem que um chefe mafioso, famoso por sua frieza e crueldade no trato com os inimigos, resolveu dar ao filho uma Lupara, uma típica cartucheira siciliana, quando este completou 15 anos de idade.

Na festa de aniversário, apareceu o filho do prefeito, que havia ganho do alcaide da pequena cidade em que viviam, ainda nos anos 1930, um belo relógio de ouro.

Passou o tempo e um dia, como nunca o visse com ela, Don Tomazzo perguntou a Peppino pela arma.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

PIG, Partido da Imprensa Golpista


O povo tem sempre a razão mas...


O Judiciário não aceita desaforo de ninguém


A PEC ganha em Brasilia porque aqui elegemos esses mercenários


Sou Servidor. Contra a PEC 241


Capitalismo, teu nome é solidão

George Monbiot

Os seres humanos, mamíferos ultrassociais cujos cérebros precisam do estímulo do outro, estão sendo separados por mudanças tecnológicas e pela ideologia do individualismo. Este apartamento é causa de uma epidemia de doenças psíquicas

O que poderia denunciar mais um sistema do que uma epidemia de doença mental? Pois ansiedade, estresse, depressão, fobia social, desordens alimentares, automutilação e solidão atingem cada vez mais pessoas em todo o mundo. A última ocorrência — divulgação de dados catastróficos sobre a saúde mental das crianças inglesas — reflete uma crise global.

O que resta para a esquerda?


Alberto Aggio

No início da década de 1990, Norberto Bobbio chamou a atenção para o fato de que, se era constatável a morte do comunismo, seria necessário admitir que as razões da sua existência permaneciam vivas, na medida em que se faziam presentes, ao redor do mundo, as marcas da desigualdade. 

Guardadas as situações e identidades diferenciadas, o argumento de Bobbio talvez possa ser útil na reflexão sobre a situação que se impôs depois do desastre eleitoral do PT. Os resultados eleitorais indicam, se não o fim do PT, ao menos o fim da era eleitoral de predomínio do petismo. Contudo as razões que marcaram a simbologia desse partido ainda se fazem presentes, além de outras que vão seguramente além do PT. Não à toa, voltou-se a falar em “refundação do PT”, em “nova esquerda” e mesmo numa “outra esquerda”.

Maracanã ou Carandiru ?


terça-feira, 25 de outubro de 2016

É a parte que te cabe deste latifúndio


No capitalismo somos livres


Estudar é preciso


Marxismo e dilemas da revolução

Marly Vianna

O Portal Grabois disponibiliza a apresentação feita pela historiadora Marly Vianna ao livro Linhas Vermelhas: Marxismo e dilemas da Revolução, de Augusto Buonicore. No seu texto Marly afirma que a obra foi “editada em muito boa hora”. O autor, “teria escrito vários artigos imprescindíveis para os estudiosos do assunto. Mas, eles estavam dispersos – o que dificultava sua utilização. As questões tratadas são, sem dúvida, da maior importância para a compreensão do pensamento marxista. Elas ajudam-nos a refletir sobre os dilemas políticos das esquerdas no Brasil, em especial no momento que atravessamos. Num tempo em que a teoria e a política tendem a ser desprezadas, em que o individualismo parece sobrepor-se ao social, em que os partidos políticos são considerados obsoletos e descartáveis, quando as ideologias saíram de moda, é um livro imprescindível!”.

Anarquistas e comunistas: a cooperação brasileira

Michel Lowy

Maurício Tragtenberg, precursor do marxismo libertário no Brasil

Livro a ser lançado hoje destaca episódio crucial em que uma Frente Única expulsou os fascistas da Praça da Sé, em 1934. E mais: marxismo libertário no Brasil

Será interessante se, algum dia, historiadores brasileiros estudarem a trajetória do movimento operário no Brasil do ponto de vista das convergências, no pensamento e na ação, entre anarquistas e marxistas. Obviamente, este breve prefácio não se propõe a isso; nos limitaremos a citar um episódio importante, que merece ser mais bem conhecido e tem certo caráter exemplar.

domingo, 23 de outubro de 2016

Contra o ataque à Previdência Social


A Política de despolitização da Política


Frei Betto

A direita muda a retórica, não os métodos e objetivos. Para defender o mercado financeiro e os rentistas, adota eufemismos, como chamar o arrocho de ajuste fiscal. Para impor sua ideologia neoliberal, faz a campanha da Escola Sem Partido.

Agora a falácia é o Partido Sem Políticos e os Políticos Apolíticos... O Lobo Mau se disfarça de Chapeuzinho Vermelho, e as vovozinhas ingênuas aplaudem os gestores que prometem governar a cidade como administram suas empresas - muito dinheiro em caixa, graças à privatização do patrimônio público, e pouco respeito aos direitos dos cidadãos.

Igreja Católica contra PEC 241


Sinais do Fim do Mundo



sexta-feira, 21 de outubro de 2016

PEC 241: esmaga os trabalhadores nos trilhos da locomotiva do neoliberalismo

Marcos Sassatelli *

O traidor, golpista e usurpador Michel Temer diz que a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC 241 ou PEC do Teto de Gastos Públicos) vai colocar a economia nos trilhos. Que trilhos são esses? Com certeza, não são os trilhos dos trabalhadores/as. A verdade é uma só: a PEC 241 - que congela por 20 anos os gastos públicos com a saúde, a educação (que já são uma calamidade) e outras áreas sociais - esmaga os trabalhadores/as nos trilhos da locomotiva do neoliberalismo.

Educação e PEC 241: retrocesso de mais de 80 anos



Garantia de percentual dos impostos para ensino foi estabelecida pela Constituinte de 1934. Sabia-se que país precisa superar atraso e desigualdade. Isso pode ir por água abaixo. O comentário é de Laura Carvalho, economista pela UFRJ, em artigo publicado por OutrasPalavras, 20-10-2016.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Caridade, Justiça e Paz; CNBB

Nota da Comissão Episcopal Pastoral Para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.  SCJP - Nº. 0683 /16

“Nenhuma família sem casa,
Nenhum camponês sem terra,
Nenhum trabalhador sem direitos,
Nenhuma pessoa sem dignidade”.

Papa Francisco.

Nós, Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, e bispos referenciais das Pastorais Sociais, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reunidos em Brasília, nos dias 18 e 19 de outubro de 2016, manifestamos nossa preocupação com o cenário de retrocessos dos direitos sociais em curso no Brasil.

Lula é do povo


O lugar da democracia no Brasil atual


A Pec 241 e a Saúde


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...