MP constata condições precárias em Unidade de Saúde de Mandacaru
Unidade será transferida para outro prédio em melhores condições
Em fiscalização realizada na tarde desta quinta-feira (14) na Unidade de Saúde da Família (USF) da rua Dom Manuel Paiva, em Mandacaru IX, a Promotoria de Saúde de João Pessoa encontrou várias irregularidades e uma situação precária de atendimento. Entre os problemas encontrados estão paredes mofadas, infiltração no teto, ausência de extintores e material de expediente armazenado com coletores de exames em um mesmo armário.
De acordo com o Promotor de Saúde do município, João Geraldo Barbosa, que comandou a inspeção, a Unidade, que fica perto das Cinco Bocas, será transferida para um prédio, na mesma rua, em melhores condições que o atual, para poder prestar melhor os serviços essenciais de saúde. Segundo ele, a apoiadora da USF, Janaína Japiassu, garantiu que a mudança de local de funcionamento da Unidade será feita em, no máximo, 45 dias.
O promotor informou que a USF está funcionando em um prédio muito pequeno, insuficiente para os atendimentos básicos de saúde. “O ambiente é muito pequeno. Em um mesmo cômodo, funcionam a farmácia, o setor de marcação de exames, isso anexo à cozinha”, destacou João Geraldo.
Os principais problemas de infraestrutura constatados na fiscalização foram mofos nas paredes, infiltração no teto e piso quebrado. Segundo o promotor João Geraldo, “o teto de gesso necessita de recuperação total”. Outro problema grave citado pelo promotor foi um problema recorrente em todas as outras USFs. “Há apenas um aparelho de autoclave para a esterilização dos materiais de enfermagem e de odontologia, o que pode acarretar uma infecção cruzada”, explicou o promotor.
O Corpo de Bombeiros, que também participou da inspeção, apontou a ausência de extintores de água, necessários para a segurança do local. Na Unidade há apenas dois extintores de CO2, mas que ficam no chão, quando a exigência é de que sejam acoplados em um suporte na parede. Também não há sinalização dos locais dos extintores.
O promotor de Saúde ainda destacou os problemas de acessibilidade pelos quais passam os moradores que recebem atendimento na USF, que não dispõe de barras de apoio e de rampas de acesso. A Unidade também não possui aparelhos de ar condicionado, o que inviabiliza uma correta climatização do local.
João Geraldo fez questão de mencionar a ausência de representantes da Vigilância Sanitária em mais uma fiscalização. Segundo o promotor, foi enviado um convite à Vigilância, mas um ofício foi recebido em resposta, avisando sobre a impossibilidade de a entidade participar dessa inspeção, bem como de uma prevista para o próximo dia 21.
O promotor espera que, dentro dos 45 dias, além da mudança de local, outras pedidas sejam tomadas para melhorar o atendimento aos moradores do bairro.
Paraiba 1
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