Sinceramente parece chororô a onda de protestos de setores, eu não diria do agronegócio, mas de negociantes de terras e pecuaristas atrasados, contra a atualização do índice de produtividade que serve de base e critério para definir, conforme manda a Constituição, se uma propriedade é ou não produtiva e pode ser ou não desapropriada para fins de reforma agrária.
Com apoio, como sempre, de nossa conservadora mídia, a campanha contra a revisão é liderada pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA - Confederação Nacional de Agricultura, e pelo líder da bancada do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), fundador da UDR - União Democrática Ruralista.
Pela nossa Carta, a propriedade, a posse da terra, tem uma função social, além de produtiva. Na Europa, essa função chega a ser também cultural, é um patrimônio da nação faz parte da história do povo e de seus costumes.
O suprassumo do reacionarismo
Lá os produtos agrícolas são tratados como um bem do país pela qualidade e exclusividade - como, por exemplo, os queijos e o champanhe.
No Brasil esses setores (veja, também, nota abaixo) querem que o índice de produtividade de 1975 continue em vigor em pleno século XXI, quase 35 anos depois de fixados, como se nada tivesse mudado na agricultura e pecuária brasileiras.
São contra a mudança, como se nossa produtividade fosse a mesma de 1975. Haja atraso e conservadorismo! Haja reacionarismo! Um absurdo!
BLOG DO ZÉ DIRCEU
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