No universo ambientalmente correto, há vetos para todos os gostos. O movimento ambientalista no Brasil adquiriu a face de uma federação de vetos
A agenda ambientalista enfrenta entre nós sérias dificuldades para sobreviver e para se adaptar ao “fim do fim” da História, com a quebra da unipolaridade e a emergência de nações como a nossa, sedentas de progresso. A proposta de eliminar a exigência de licença prévia para asfaltamento e duplicação de rodovias já abertas, projeto em tramitação acelerada no Congresso Nacional, é pontual mas simbólica. Aliás, qual é mesmo o sentido de exigir licenciamento ambiental para asfaltar uma estrada? Ou para duplicá-la?
O debate do tema tem o mérito de escancarar um fato: ao longo de anos, a agenda ambiental brasileira foi infelizmente convertida em instrumento para travar o desenvolvimento nacional. O caso da Amazônia é emblemático: em meio a um gigantesco potencial hidrelétrico, queima-se óleo combustível para produzir luz. Por quê? Porque há todo um aparato ideológico e propagandístico a operar a tese de que usinas hidrelétricas na Amazônia são inaceitáveis, ambiental e socialmente falando. E a fumaça do óleo queimado? Dela ninguém fala.
O PT surfou em ondas ecológicas durante suas duas primeiras décadas de vida, nutriu-se dos movimentos ambientais e sociais, usou-os como escada para chegar ao poder, mas agora enfrenta um problema. Dado que no governo o partido não quis —ou não pôde— realizar qualquer reforma estrutural que envolvesse a propriedade, restou-lhe a bandeira do desenvolvimentismo. O PT não executou uma reforma agrária qualitativa ou quantitativamente diferente da que vinha sendo feita desde o governo Castelo Branco, nos anos 1960. Não avançou tampouco na reforma urbana.
Para ler artigo completo :
http://www.blogdoalon.com.br/2009/04/federacao-do-nada-pode-1703.html
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