sábado, 18 de outubro de 2014

Sinhorzinho da fazenda de férias no Rio


Ivana Bentes


Aécio reivindica o cargo de Presidente da República como um predestinado de berço! "Eu me preparei a vida toda para isso". Não tem biografia fora dos ambientes institucionais em que foi catapultado. Age como filho e neto do poder! Sua empáfia de "sinhorzinho da fazenda de férias no Rio" se torna visivel no esgar, na agressividade, no gestual, no corpo de macho alfa branco predador.

Para além dos retrocessos no modelo privatista, com propostas de supressão ou "remediação" de um projeto em curso, que o PSDB resolveu parasitar (depois de detonar ferozmente todos os programas sociais: cotas, bolsa familia, Mais Médicos, Prouni, tudo...) o deficit de imaginário, a pobreza simbólica e de fabulação desse Brasil psdebista é gritante!

Dilma não é uma fabuladora tampouco, mas o projeto em curso pós Lula destravou, detonou um sem numero de mundos e cosmovisões que estavam definhando ou invisiveis. Esse continente de singularidades fragmentadas e atomizadas: culturas da oralidade, matrizes africanas, quilombolas, indigenas, potencia das periferias, MST, MTST, movimentos urbanos e de minorias, do meio ambiente, cultura de redes e cultura digital, pontos de midia livre, mesmo os discursos criticos e de oposição ao modelo desenvolvimentista limitado e equivocado, as jornadas de junho de 2013, tudo isso só pôde explodir e se fortalecer nesse campo fértil de um imaginário polifônico.

O que está em questão é o embate entre essa polifonia disruptiva pós Lula/Dilma e e o império tecnocrata dos homens de camisa social azul, monoglotas. As lutas em curso não serão abortadas de uma hora para outra, mas o campo em que podem se fortalecer e dar saltos quânticos e avançar vai ser salgado, travado, desinvestido, esvaziado com uma vitória do PSDB.

Eu brigo para brigarmos contra os limites do atual governo Dilma tendo como horizonte esse imaginário das alteridades (heterotopias) embarcadas nesse processo em curso. O Brasil não pode abortar esse processo ainda frágil!

O imaginário da Casa Grande se encontra hoje com o de uma classe média brutalizada, racista, predadora, incapaz de olhar pra esse outro Brasil que emergiu. Classe média vipista, exclusivista, com ares de "superioridade" que se identifica com os valores da pior elite. A riqueza sem imaginação! Esse país, sua singularidade e beleza, é o resultado da riqueza da pobreza! Riqueza de um imaginário dos que não tendo nada inventaram tudo!

‪#‎Dilma13

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