sábado, 13 de julho de 2013

Sindicalismo envelhecido e sem renovação não mobiliza



Símbolos dos novos tempos: sem oxigenação não vai

As manifestações de rua puxadas nesta quinta-feira em todo o País pelas Centrais Sindicais assinalam o envolvimento de setores organizados, a partir da base de trabalhadores, inserindo-se no processo difundido no País em busca de muitas reformas para fazer o Brasil uma Nação bem resolvida nas questões básicas de serviços, representação e futuro.

O elemento novo (?) na conjuntura está na inclusão dos Trabalhadores, através de suas entidades, no contexto da disputa de espaço e de prioridade nas suas lutas. Se isto é verdade, haveremos de acrescentar ainda que o tamanho e repercussão desses movimentos não têm sido da mesma dimensão de antes porque existem explicações para esta realidade, embora tenham sido importantes e emblemáticos.

Mesmo sem abrigar a condição de estudioso acadêmico na matéria dos movimentos organizados no País, mesmo assim me arrisco a dizer que em boa parte da mobilização menor de ontem em comparação aos tempos de antes está no anacronismo político instalado no movimento sindical brasileiro, depois que as gerações das lutas se apossaram das entidades e de lá para cá não deixam florescer novas lideranças. Envelheceram dentro de si mesmo asfixiando o surgimento de novos ares políticos.

Em todos os níveis, é fácil de identificar incontáveis casos em que houve desestimulo sequenciado à participação de novas lideranças porque as antigas não largam os espaços porque agregaram a atividade sindical como forma de melhorar suas rendas, portanto, sua qualidade de vida.

Em parte, transferindo esse componente da ocupação de espaço remuneratório nos Governos assumidos pela Esquerda brasileira, o que se deu foi a ocupação sistemática dos burocratas sindicais tomando conta dos lugares / assessorias impedindo a partilha com outros trabalhadores ou servidores da mesma causa .

De forma mais ampla, a radicalidade assumida por setores e partidos a exemplo do PT na relação de Poder com as demais categorias e classes após a posse de Lula não soube gerar a transição sem enfrentamento nem atitude autoritária, daí ter espraiado o sentimento anti-PT de agora nos birôs, no serviço público e em setores da sociedade porque a maioria quer espaço para melhorar a renda e a sua vida.

No caso de ontem, pelo que acompanhei de perto e de longe, ficou muito claro que, ou os movimentos sociais da Paraíba, como de sorte do Pais, se abrem para oxigenar o comando das entidades e representações ou vão ruir como se deu no Peleguismo sindical tão combatido dos anos 70 para cá. Esta é a única forma do Sindicalismo sobreviver na era das Redes Sociais.

A DISPUTA PELO PED NO PT

Não há na estrutura partidária brasileira nenhum partido mais visceralmente democrático do que o PT. Em todas as fases sempre perdura o debate, o consenso mínimo, como se dá na atual fase do processo que elegerá a direção estadual e municipal a partir do próximo ano.

Embora os conceitos e posturas das tendências vinguem com força, desde algum tempo as "forças" externas influenciam as disputas, como os interesses do governador Ricardo Coutinho ao longo das fases anteriores e de agora.

Ricardo perdeu a empatia do PT, dificilmente será majoritário novamente porque perdeu a confiança, mas atua fortemente para influir no processo interno petista mesmo não sendo do PT, através da candidatura de Luiz Couto, que não é do PSB - é do PT, mas está atrelado politicamente a Ricardo.

E são as benesses, os favores e os cargos comissionados existentes - também na PMJP - que termina funcionando no humor de parte dos eleitores.

Depois que se conquista melhores condições de vida ninguém quer perder os beneficios. Em parte isto explica porque a classe média brasileira tem raiva do PT, porque o PT ocupou os espaços de sobrevivência que era dessa gente, decente e trabalhadora também, mas com postura e ideais ideológicos diferentes.

Wscom

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