quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cartaxo e Couto: convergência ?


O gesto nobre (normal) de Luciano Cartaxo e Luiz Couto


Couto com Cartaxo: momento histórico

Engraçado, o tempo moderno trata de avanços pelo prisma da tecnologia e dos instrumentos cibernéticos tomando conta da vida das pessoas, mesmo assim nada substituirá a relação pessoal entre humanos como fator preponderante no significado social. Se isto é verdade, bastou apenas um gesto recíproco de retomada da convivência entre o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e o deputado federal Luiz Couto para se crer ainda no diálogo como principal valor na democracia.

Tudo bem que não se trata de nada extraordinário, mas é que nos últimos tempos de conquistas do poder por correntes Socialistas (PT, PSB, PC do B, etc) na Paraíba, ao invés de se atestar avanços relevantes nas relações entre as pessoas dos movimentos – muitas delas envolvidas no mesmo processo de ascensão social coletiva, eis que vingou mesmo foi o embate insano, a burrice política de auto-enfrentamento quando, na vida prática, os adversários sempre estiveram noutra posição.

Aliás, há que se registrar o cenário em que tudo acontece porque se dá a partir do PT – partido com muita gente rancorosa torcendo o nariz mas, quando a história se impuser sobre os desejos pontuais de épocas, haverá de se dizer que durante todo um tempo produz a mais forte democracia interna como nenhuma outra legenda até exagerando na dose vez em quando.

Por isso, sabendo-se que Luiz Couto pleiteia a presidência do PT estadual num cenário em que terá concorrente forte, no caso o professor universitário e ex-secretário geral petista (ex-chefe de gabinete de Couto), logo se deduz que a conversa com Cartaxo apontando para trabalhos e estratégias em comum para João Pessoa pode ser mais do que um gesto pragmático e de marketing.

Se houver de fato despreendimento acima dos desejos pessoais, das vaidades danosas no campo pessoal e a retomada verdadeira do objetivo mais amplo em torno das bandeiras maiores do PT possa ser que, enfim, haja um momento histórico na vida do partido capaz de gerar o inimaginável: o envolvimento uniforme de todos, mais na frente, em torno da candidatura de Dilma no mesmo palanque.

Mas é aí que reside o problema: Luiz Couto vai ficar com Ricardo Coutinho – este líder do PSB acusando o PT de lhe criar ciladas e pântanos, embora nada do Jampa Digital tenha a ver com o petismo, mesmo assim cria desconforto danado de chato. Por isso, esta questão terá de estar bem resolvida.

No mais é reconhecer que retomando o diálogo básico da civilidade certamente Cartaxo e Luiz Couto podem trabalhar mais pela capital das Acácias. Só que precisa de confiança e transparência, do contrario tudo é um filme de ilusões.

ÚLTIMA

"Quando um não quer/ dois não brigam..."

Wscom

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...