domingo, 10 de maio de 2009

Um triste escândalo protagonizado por juízes


Com os títulos "Reunião de juízes na Bahia é paga pela Febraban" na 1ª página, e "Febraban paga encontro de juízes em resort" internamente, a Folha de S.Paulo publica com uma conotação de escândalo que um grupo de 42 juízes da justiça trabalhista e ministros Tribunal Superior do Trabalho (TST) participou de congresso em resort na Praia do Forte (BA) com passagens e hospedagem pagas pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).

Pior, é que é escandaloso mesmo! É uma pena eu ter de constatar isso, e faço-o entristecido, mas esse tipo de patrocínio é uma prática comum no judiciário. Isso, e o fato de seus integrantes terem adquirido o hábito de dar entrevistas sobre temas que estão ainda sub judice. Antecipam opiniões e estendem-se em considerações sobre questões que ainda vão passar pelo seu crivo e ser julgadas por eles.

Ultimamente, também, adotaram a prática de pregar contra leis que eles tem obrigação constitucional de cumprir e fazer cumprir, de executá-las ao julgar, como fez recentemente um dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Adotam esse comportamento com a maior cara de pau, como se fosse natural!

Bons tempos aqueles em que se dizia que "juiz não fala nem dá entrevistas, só se manifesta nos autos". E, reconheça-se, muitos são e continuam fiéis a esse princípio. Lamentavelmente, há as exceções...

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