O episódio da CPI da Petrobras deve levar o PT a discutir o centro de sua tática eleitoral em 2010, como superar o grave problema de vencer as eleições presidências, nossa prioridade número um, dar continuidade com a eleição de Dilma Rousseff ao projeto político que levou Lula por duas vezes à presidência, mas não conquistar maioria, sequer um número de deputados e senadores que permitam a formação dessa maioria sem os custos políticos e de governo atuais, sem os riscos atuais de toda votação envolver uma negociação, sem a instabilidade atual e, particularmente, sem a maioria atual no Senado.
Para isso temos que subordinar nossa política nos Estados a duas prioridades: a eleição presidencial e a formação de bancadas aliadas na Câmara e no Senado majoritárias, com o PT como o partido mais votado e com mais senadores e deputados. Sem prejuízo de compor alianças nos Estados para que nossos aliados, PSB, PC do B, PDT, PMDB, PR elejam senadores, onde o PT não tem nomes viáveis ou maioria eleitoral para eleger pelos menos um dos dois senadores por Estado.
Sendo assim nossa segunda prioridade tem que ser a eleição de senadores e deputados e não de governadores, que deve ser nossa terceira prioridade, por mais difícil e duro que seja isso, com as exceções evidentes, onde governamos e onde temos forca política e eleitoral para disputar, desde que não inviabilize a eleição presidencial. Esse é o preço a pagar para dar continuidade ao projeto nacional e, no próximo Congresso Nacional, constituir uma maioria parlamentar programática que comece por fazer reforma política e dar sustentação as mudanças que o país clama, começando pelo sistema financeiro.
do blog do Dirceu
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