quarta-feira, 6 de maio de 2009
Censura à marcha da maconha
A Marcha da Maconha, marcada para se realizar nos dias 2, 3 e 9 de maio, em 14 cidades brasileiras, foi proibida em São Paulo, Salvador e João Pessoa e pedido do Ministério Público. A sugestão é de que a marcha induziria ao uso de drogas, o que é crime.
Fumar maconha é crime, sim, aí no Brasil. Aqui na Califórnia, para quem tiver uma receita médica no bolso, é legal. Em San Francisco, preocupada com coisas mais importantes, a polícia não se dá sequer ao trabalho de checar o papel. Há uma área do Golden Gate Park, Hippie Hill, onde os cigarros circulam com cordialidade. Não é longe da esquina das ruas Haight e Ashbury, onde nasceu o movimento hippie.
Os procuradores que pediram a intervenção em regiões do Brasil estão fingindo que o movimento pela legalização da maconha não existe. Mas existe, sim, em todo mundo. É um movimento político. Há vários países democráticos que já convivem com sua legalidade, ainda que parcial. Violar leis é, evidentemente, ilegal. Contestar leis é direito pétreo em qualquer democracia. Impedir uma marcha que pede a legalização da maconha, portanto, é o mesmo que proibir que um grupo de cidadãos manifeste publicamente sua opinião.
É censura. Por definição anti-democrática
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