quarta-feira, 6 de maio de 2009
Por que Obama citou Churchill sobre tortura
Ele não recebeu a atenção que merecia por isso, mas o presidente Obama misturou de forma astuta os princípios liberais com os valores conservadores básicos da "Velha Europa" quando, na sua coletiva de imprensa que marcava o centésimo dia de mandato, utilizou as palavras de Winston Churchill para justificar sua oposição ao afogamento simulado e outras "técnicas de interrogatório avançadas". Ele disse à platéia que, mesmo quando Londres era completamente destruída por bombardeios e o governo britânico mantinha prisioneiros centenas de agentes nazistas, havia uma diretriz do primeiro-ministro de que a tortura jamais seria permissível.
Seria bom pensar que alguém próximo a Obama tenha entregado a ele uma cópia de um livro obscuro chamado "Camp 020: MI5 and the Nazi Spies" (Campo 20: A Inteligência Britânica e os Espiões Nazistas). O livro foi publicado pelo British Public Record Office em 2000 e descreve as atividades de Latchmere House, uma prisão britânica exemplar em Ham Common, no subúrbio de Richmond, em Londres, onde ficaram detidos quase 400 agentes de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
O oficial comandante da Latchmere House era um sujeito chamado Coronel Robin Stephens e, apesar de usar um monóculo e ter todas as características de um militar rígido e violento (ele era temido e conhecido pelo apelido de "Olho de Lata"), ele se dedicava a aplicar a abordagem da não-violência nos "hóspedes" que recebia. Para colocar de forma clara - como ele mesmo fazia - sua visão era sempre de que: "A violência é um tabu, pois além de só resultar em respostas para agradar o interrogador, ela afeta a qualidade da informação".....
Ler mais:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3747696-EI12924,00-Por+que+Obama+citou+Churchill+sobre+tortura.html
Christopher Hitchens
Do The New York Times
Christopher Hitchens é jornalista, escritor e colunista de Vanity Fair e Slate Magazine. É autor do livro "Deus não é Grande: como a religião envenena tudo". Artigo distribuído pelo The New York Times Syndicate.
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