domingo, 26 de novembro de 2017

Quando o Procurador e a Secretária deixam o ar condicionado

Frei Anastácio elogia ações de Procurador da República no combate à violência no campo, na PB

O deputado estadual Frei Anastácio elogiou, na tribuna da Assembleia Legislativa, as ações do procurador da República, na Paraíba, José Godoy, e a secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Cida Ramos, pelas iniciativas tomadas para combater a violência no campo que se instalou na região do Agreste, com foco maior no município de Mogeiro.

Segundo o deputado, o procurador e a secretária deixaram o ar condicionado dos seus gabinetes e foram ver de perto a situação das famílias camponesas. “As famílias, sobretudo, na região de Mogeiro, são espancadas, ameaçadas de morte, tento casas queimadas e sendo alvo de constantes tiroteios promovidos por capangas pagos por proprietários de terras da região. Eles já tentaram até acabar missa campal à bala. Também atiraram em ônibus que transportava trabalhadores para reuniões e fazem constantes ameaças. São milícias organizadas que agem para expulsar famílias de trabalhadores acampados. Um das mais violentas esta nas terras da família Silveira”, denunciou o deputado.




De acordo com Frei Anastácio, depois de várias nas reuniões na Procuradoria da República e na Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado, saíram encaminhamentos. Um deles foi o pedido do Procurador da República por providências urgentes da Secretaria de Segurança no combate às milícias no Agreste.



Procurador



“A situação está tão grave que no início deste mês, um trabalhador rural foi sequestrado por quatro capangas e passou por sessão de tortura. Apesar de ficar muito ferido, a vítima não teve corarem de denunciar os agressores na delegacia de Mogeiro, temendo ser morto. Mas, a assessoria jurídica da Comissão Pastoral da Terra (CPT) tomou todas as providências. Esse caso de tortura é de conhecimento do procurador da República, que ouviu o trabalhador e outras famílias vítimas do terror causado pelas milícias. Os depoimentos foram colhidos e encaminhados direto para a Secretaria de Segurança Publica para instauração o inquérito policial”, informou.



O parlamentar disse ainda que, diante de tudo isso, parabeniza o procurador José Godoy que consegue sair do ar condicionado para verificar os problemas no campo, andando nas casas, nos barracos e nos roçados para ver tudo de perto. “Ele não se baseia apenas em retóricas e citações de leis nos papéis. O doutor Godoy enfrenta o problema onde a causa está, para sentir e ver a real situação. E ele viu tudo isso que citei aqui”, destacou.



Aumento recorde dos conflitos



Frei Anastácio argumenta que a violência no campo aumentou depois que Temer assumiu o poder. “O sentimento de impunidade ressurgiu no campo. São assassinatos na zona rural em diversos locais do Brasil, tortura e ameaças de morte. De acordo com levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o ano de 2016 teve registro recorde no número de conflitos no campo. Foram 61 assassinatos de trabalhadores rurais, o dobro de casos em relação à média dos últimos 10 anos. Também foram registrados 1.536 conflitos, envolvendo 909.843 famílias. Em 2017, nos primeiros cinco meses foram registrados pela CPT, 25 assassinatos em decorrência dos conflitos agrários no Brasil, o dobro do ano passado para o mesmo período e a violência continua”, lamentou.



O parlamentar espera que aqui na Paraíba, com as ações da Secretaria de Segurança Pública, essa violência contra trabalhadores seja combatida. “Destaco também o trabalho da Polícia Militar. Em vários casos de atentados contra os trabalhadores, a polícia foi acionada e chegou a prender os capangas armador em flagrante. Agradecer também a atenção do Governador Ricardo Coutinho, em relação a toda essa problemática de despejos e violência no campo. Ele sempre tem uma resposta. Nunca fica em silêncio”, afirmou.


Frei Anastácio



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