quarta-feira, 22 de julho de 2015

CUT convoca ato para dia 28 de julho contra rumos da economia






Manifestação será na sede do Ministério da Fazenda em Brasília. Economista critica política de Levy. “O ajuste fiscal é de curto prazo, pois está centrado no corte de benefícios sociais”

 
Igor Carvalho

Após reunião de sua diretoria Executiva Nacional, na manhã desta terça-feira (21), a CUT confirmou, para dia 28 de julho, o ato na frente da sede do Ministério da Fazenda em Brasília para protestar contra os rumos da economia no Brasil.

“É o dia que o Copom se reúne para decidir a taxa de juros. Não podemos abrir mão de fazer a crítica e fazer a disputa no campo da economia”, afirmou Sérgio Nobre, secretário-geral da Central.

No dia 28 de julho, ocorre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando deve ser divulgada a taxa Selic, que teve suas recentes e constantes altas criticadas pela CUT. “É coisa de um grupo de burocratas, que não entendem nada de produção. É antiga nossa reinvindicação de que os trabalhadores também façam parte do Copom”, afirmou recente Sérgio Nobre.

Durante o encontro da CUT, a política econômica do País, sob o comando do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi criticada por diversos dirigentes e pelo professor de Economia da PUC-SP, Antônio Corrêa de Lacerda, convidado especial da Central para fazer uma análise da conjuntura econômica.

O economista explicou que “no segundo mandato de Dilma houve uma guinada conservadora da política econômica” e que “o ajuste fiscal é de curto prazo, pois está centrado no corte de benefícios sociais”.

Sobre o papel da mídia, Lacerda afirmou que os analistas não são justos ao examinar a crise brasileira, fazendo mal uso, por exemplo, dos dados da economia nacional.

“O Brasil, nos últimos seis anos, teve uma inflação média de 6%. Ao contrário do que diz a mídia, vamos ter países de porte semelhante com o mesmo índice de 6%. Não vale a comparação, como faz o Sardenbergh, que nos coloca ao lado de Peru, Chile e EUA. Temos que nos comparar com Índia, África do Sul, Rússia, que estão no mesmo patamar”, explicou o economista, que apresentou um cenário otimista para 2016. “Devemos ter uma inflação de 5%, que é uma expectativa acompanhada inclusive pelo mercado.”

Agenda de atos

Além da manifestação na frente da sede do Ministério da Fazenda, no próximo dia 28, a CUT intensificará a mobilização para Marcha das Margaridas, que ocorre em Brasília entre os dias 11 e 12 de agosto.

Desde 2003, primeiro ano da manifestação, mais de 140 mil mulheres já ocuparam Brasília para cobrar políticas públicas voltadas a um modelo de desenvolvimento centrado na vida, no respeito à diversidade e contra a violência sexista.

O nome da Marcha das Margaridas é uma homenagem à Margarida Maria Alves, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, assassinada por um pistoleiro no dia 12 de agosto de 1983.

Em sua memória e para fortalecer a luta, a cada três anos, caravanas de mulheres partem de todo o país rumo à capital federal.

Neste ano, as delegações chegarão ao estádio Mané Garrincha a partir de 11 de agosto e a abertura oficial do encontro está para prevista para as 18 horas do mesmo dia. Na manhã seguinte, a Marcha deixa o estádio e segue para o Congresso Nacional.

No próximo dia 20 de agosto, a CUT integrará um grande ato com outras entidades, como MTST, MST, UNE e outras entidades do movimento social, em São Paulo, em defesa da democracia e contra as tentativas de golpe no País.

CUT


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