segunda-feira, 20 de junho de 2011

Recuperar áreas degradadas: governo promete



Plano do governo promete incentivar produtor a recuperar áreas degradadas


Aumentar a produção sem desmatar é o principal desafio.

Estimular os produtores rurais brasileiros a recuperar cerca de 1,5 milhão de hectares de áreas degradadas nos próximos dez anos. Este é um dos objetivos do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, que será lançado nesta sexta-feira, 17 de junho, pela presidente Dilma Rousseff em Ribeirão Preto (SP). A meta também inclui a recuperação de 15 milhões de hectares para produção.

Atualmente, o país tem cerca de 47 milhões de hectares ocupados com a agricultura e 170 milhões de hectares usados para a pecuária. A intenção é aumentar a produção agropecuária sem que para tal seja necessário mais avanços sobre áreas de florestas.  Segundo técnicos do Ministério da Agricultura, os maiores potenciais de recuperação estão nos estados da região Centro-Oeste, no Tocantins e no Pará.
Para incentivar os produtores, o governo disponibilizará R$ 3,15 bilhões em créditos dentro do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), criado na safra passada, mas ainda sem muita adesão. Além da recuperação de áreas degradadas, o chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, Derli Dossa, explicou à Agência Brasil que o plano pretende financiar o plantio de 300 mil hectares (ha) de florestas. Em mais 550 mil ha será financiado o plantio com fixação biológica de nitrogênio; em 800 mil ha, o plantio direto na palha, e em 400 mil ha, será feita a integração lavoura-pecuária-floresta.
Para aumentar a popularidade e a procura pelo programa, Dossa destacou que o ministério investirá em várias frentes: divulgação na imprensa da importância de se reduzir as emissões de gases de efeito estufa, treinamento de 5 mil técnicos nesse modelo de agricultura, distribuição de material a todo o corpo técnico treinado, com acesso aos produtores, estudo dos estados com problemas e motivação de lideranças locais.

“Um dos maiores problemas é falta de profissionais especializados em fazer projeto nesse tipo de produção para ter os recursos liberados”, explicou Dossa, ressaltando a importância do treinamento de técnicos do ministério e superintendências regionais.
As linhas de crédito do programa são diferenciadas, com as menores taxas da agricultura empresarial, 5,5% ao ano, e prazo de até 15 anos para pagar. O limite de financiamento para produtores é R$ 1 milhão.
Envolverde

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