Inaê Teles
Alunos e professores da escola Liceu Paraibano foram surpreendidos, na manhã desta segunda-feira (13), com a chegada dos três membros da direção provisória na unidade educacional. Como forma de protesto, os professores se negaram a dar aulas e os tiveram que voltar pra casa. A paralisação acontece em decorrência da saída da exoneração do diretor na semana pasada.
Segundo os manifestantes, na última sexta-feira (10) o secretário da Chefe do Governo, Walter Aguiar, teria se comprometido em não convocar a direção provisória até que fossem realizadas novas eleições para escolher o novo diretor da escola.
Segundo os manifestantes, na última sexta-feira (10) o secretário da Chefe do Governo, Walter Aguiar, teria se comprometido em não convocar a direção provisória até que fossem realizadas novas eleições para escolher o novo diretor da escola.
A novidade da direção provisória estava prevista para ser contada no auditório, mas os docentes se negaram em participar da ocasião. Eles disseram ainda que só voltariam quando as diretoras deixassem a escola. Os alunos e professores se reuniram na frente da escola e realizaram uma manifestação.
Alguns alunos lamentaram a situação e disseram que serão prejudicados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No fim da manhã as diretoras resolveram deixar a escola e resolver a questão com Walter Aguiar. Elas se comprometeram em retornar na quinta-feira (16) com alguma posição. O professor Pedro Santana informou que no período da tarde a escola funcionará normalmente.
Entenda a situação
Na semana passada o diretor do Liceu paraibano, Abraão Alves de Carvalho, foi exonerado. De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), a exoneração ocorreu porque houve irregularidades no processo eleitoral que colocou o diretor no cargo.
As irregularidades teriam sido constatadas por uma comissão eleitoral composta por membros do Governo, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintep-PB) e pela Associação dos Professores em Licenciatura Plena (APLP). Foi esta Comissão que deu parecer pela anulação das eleições e realização de novo processo eleitoral, o que foi acatado pelo Governo. Abraão estava na direção do Liceu há cerca de dez anos.
Os alunos e professores realizaram uma manifestação na quinta-feira (9) e na sexta-feira (10) participaram de uma reunião com membros do Governo. Nela ficou decidido que a vaga da direção ficaria em aberto até o resultado da novo pleito e por isso a direção provisória não seria solicitada.
Um caso semelhante aconteceu em abril no Instituto da Educação da Paraíba (IEP) quando a diretora Francisca Vanilda foi exonerada por conta de irregularidades na eleição e os alunos interditaram a uma das vias da avenida Camilo de Holanda, no Centro da Capital. A irregularidade apontada pela comissão, nos pleitos do IEP e Liceu, foi o encerramento antecipado das eleições.
Paraíba 1
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