quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Contag debate criação do Fórum Nacional de Educação do Campo



Representantes de entidades de movimentos sociais e sindicais do campo, universidades, representação do poder público – como os ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário –, além de organismos internacionais como Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (Unesco) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), discutiram nesta semana a criação do Fórum Nacional de Educação do Campo.

A reunião ocorreu na segunda e terça-feira (16 e 17), em Brasília. Pela direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), participaram da abertura do evento a vice-presidente e secretária de Relações Internacionais, Alessandra Lunas, e os secretários José Wilson Gonçalves (Políticas Sociais), Elenice Anastácio (Juventude Rural) e Rosicleia dos Santos (Meio Ambiente).

Os participantes fizeram análise da conjuntura nacional, identificando avanços e desafios para construção e consolidação de uma política nacional de educação do campo, dialogando sobre a construção de um espaço político nacional que agregue e articule vários movimentos, entidades e universidades para o fortalecimento da política nacional de educação do campo.

Política de estado

O secretário José Wilson explicou que, desde 2004, a Contag vem propondo a criação de um fórum nacional constituído sobre a temática da educação do campo.

Ao falar da importância do fórum, o secretário ressalta que a ideia de criar espaço permanente, no qual os organismos “possam fortalecer esse debate e avançar mais rapidamente para consolidar uma política de estado de educação do campo, para que a gente possa ter uma política diferenciada para o campo brasileiro”.

Momentos de debates

A reunião foi dividida em quatro momentos de debates. O primeiro, para analisar cada passo de construção dessa política, as conquistas obtidas e as perspectivas da educação do campo no país – com informes sobre a construção do Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA).

Em seguida, as organizações fizeram balanço político e histórico da educação do campo como política pública. Outro momento da reunião foi sobre a construção do fórum, com relato de experiências em alguns estados e troca de ideias por parte das organizações presentes. Por último, foram discutidos caráter, perfil, papel, dinâmica e ações do fórum.

“Precisamos refletir, nesse debate, sobre a necessidade de assegurar o compromisso de entidades e movimentos em contribuir com a consolidação de uma política pública nacional de educação do campo e termos a clareza do papel da relação a ser mantida com o poder público nessa construção, além da questão da autonomia do fórum no seu papel e sua importância”, acentuou José Wilson.

Portal Vermelho

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