segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Luiz Couto diz que polícia não prendeu "gente graúda"



Deputado federal convocou entrevista coletiva para hoje, onde vai contestar dados da Operação Águas Limpas



O número de pessoas presas na Operação Águas Limpas, deflagrada na sexta-feira passada pelas polícias federal, civil e militar, na Paraíba, para prender acusados de envolvimento com grupos de extermínio no estado não chega nem perto da quantidade de acusados citados em uma lista em poder do deputado federal, Luiz Couto (PT-PB).

Em comunicado em seu site o deputado convocou uma entrevista coletiva, hoje, às 11h, em seu escritório político, para contestar algumas informações apresentadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, sobre o trabalho que prendeu 17 pessoas, entre elas oito policiais militares e um agente penitenciário. "a relação de prisão apresentada pela imprensa, ainda falta muita gente, principalmente gente graúda", disse o deputado.

Deputado Luiz Couto cobra prisão de mais envolvidos em execuções
Não é de agora que Luiz Couto denuncia a existência de policiais militares paraibanos em grupos de extermínio quie agem na divisa entre a Paraíba e Pernambuco. O próprio secretário estadual de segurança, Gustavo Gominho, confirmou a participação de militares em grupos que agem na Grande João Pessoa e disse, também, que ha oficiais de alta patente envolvidos. "Mas essa investigação é longa. Vamos encontrando provas e prendendo. Mas todos os envolvidos serão presos", garantiu o secretário em entrevista recente.

Na operação deflagrada na sexta-feira as equipes cumpriram 19 mandados de prisão. Nove dos envolvidos são policiais militares, mas apenas oito tinham sido presos até a sexta-feira. Eles são acusados de comandar execuções de traficantes e inocentes, a mando de bandidos presos em cadeias da capital. Na casa de um sargento da PM os policiais apreenderam, em um cofre, várias armas e munição. O material, de acordo com a polícia, seria alugado para pistoleiros executarem as vítimas.

A atuação contra grupos de extermínio levou o deputado a receber ameaças. Em julho a Organização dos Estados Americanos (OEA) determinou que a Polícia Federal dê proteção a Luiz Couto, ao deputado Fernando Ferro (PT-PE) e aos familiares do ex-vereador de Itambé (PE), Manoel Mattos, morto por pistoleiros a serviços dos grupos de extermínio.


O Norte

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