domingo, 15 de julho de 2018

Uma plataforma de reivindicações tem uma natureza distinta de um programa eleitoral.

Valério Arcary

Não é incomum que se confunda um programa eleitoral com uma plataforma de reivindicações sindicais ou populares. Uma plataforma de reivindicações expressa demandas que uma categoria de trabalhadores, como os professores em luta pela valorização salarial, ou um movimento popular, como o de luta pela moradia ou pela terra, apresentam como exigências a um governo de plantão. São reivindicações específicas. Mas, mesmo quando são reivindicações unitárias, uma plataforma de reivindicações tem uma natureza distinta de um programa eleitoral. 


No ano passado, por exemplo, o repúdio às propostas de Reforma da Previdência foi o combustível para a realização de uma das maiores greves gerais desde os anos oitenta. Essa plataforma de reivindicações tinha o objetivo de construir uma frente única para a ação. Ela tinha de ser um denominador comum que alicerçava a frente única das Centrais Sindicais (CUT. Força Sindical, Nova Central, CTB, CSP/Conlutas, e outras) e movimentos sociais. Nas eleições, cada partido apresenta as suas propostas. O papel da Aliança PSOL/PCB e movimentos sociais é apresentar as suas próprias propostas.


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