quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Mídia familiar desaba no impresso e até no digital


Cidadãos povoarão o novo mundo digital
O IVC, que mede a circulação dos jornais brasileiros, divulgou os dados de audiência de publicações como Folha, Globo, Estado de S.Paulo, Estado de Minas e Correio Braziliense, em 2015; os números revelam que o consumo de informação por esses meios desabou ao longo do ano passado, e não apenas nas edições impressas, como também no digital; uma das explicações para o tombo é a expansão da internet; uma segunda é o modelo de cobrança por conteúdo, que tem pouca receptividade no Brasil; e uma terceira razão pode ser o engajamento político dessas publicações, que optaram por uma agenda extremamente negativa nos últimos anos; Folha caiu 15,1%; Estado 8,9% e Globo 5,5%


247 – Os principais jornais brasileiros experimentaram quedas expressivas de circulação ao longo de 2015, segundo dados do IVC, o Instituto Verificador de Circulação.

O dado mais surpreendente é que a circulação caiu não apenas nas edições impressas, mas também nas digitais – o que revela que as publicações não estariam sabendo como se adaptar à era da internet.

Entre janeiro e dezembro, a Folha caiu 14,1% no impresso e 16,3% no digital, o que gerou uma queda média de 15,1%, superior à do Estado de S. Paulo (8,9%) e à do Globo (5,5%).

Na lista do IVC, que contempla ainda publicações como Correio Braziliense, Zero Hora, A Tarde, O Povo, Valor Econômico, Gazeta do Povo e Super Notícia, todos – sem exceção – caíram. Alguns cresceram no digital, mas partindo de bases pequenas.

Os dados revelam vários fatores. Os jornais, naturalmente, foram afetados pela crise econômica que ajudaram a amplificar. Mas hoje enfrentam uma concorrência crescente de veículos puramente digitais.

Além disso, o modelo de cobrança por conteúdo, dos chamados paywalls (muros de cobrança para quem assina determinada quantidade de artigos), tem tido pouca receptividade no Brasil.

Um outro fator, que pode vir a ser considerado na análise, é o grau de engajamento político dos jornais da imprensa familiar, que passaram a substituir o jornalismo pelo proselitismo político, afugentando uma parcela de seus leitores.

 

Brasil 247







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