sexta-feira, 9 de julho de 2010

MCCE: Depois do Ficha Limpa, movimento faz campanha contra compra de voto



MCCE alerta que Saúde é direito e não pode ser usado por políticos como moeda de troca para o voto

Carlos Moura. representante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, participou do lançamento de cartilha durante reunião do Conselho Nacional de Saúde

São Paulo - O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), articulador da coleta de assinaturas para a apresentação do projeto Ficha Limpa, iniciou uma campanha para combater a compra de votos. O foco da articulação, iniciada na quarta-feira (7), são serviços de saúde, usados por cabos eleitorais como moeda de troca pela preferência do eleitorado.

A cartilha do movimento sustenta que uma das formas mais comuns de abordagem é a solicitação de título de eleitor para receber atendimento médico. O documento não é obrigatório em nenhum tipo de serviço público de saúde, o que vale para postos de saúde ou hospitais, recebimento de medicamentos etc.

Com o título “Voto Não Tem Preço. Saúde É Seu Direito”, a cartilha contém informações sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre como e onde o eleitor pode denunciar a corrupção.

Segundo a presidente da União Nacional dos Auditores do SUS (Unasus), Jovita José Rosa, há parlamentares que sustentam casas de apoio nas capitais para hospedar pacientes do SUS deslocados de cidades do interior. Esse tipo de prática seria, segundo o movimento, usado para pressionar o eleitor a votar em troca do auxílio.

Jovita lembra que existem vários tipos de corrupção eleitoral na saúde. “O desvio da verba pública da saúde significa a morte. É importante fazer a denúncia no Ministério Público. Há casos de parlamentares que têm casas de apoio para manter pacientes do SUS que vieram se tratar nas capitais”, exemplifica.

O diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e integrante da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Carlos Moura, ressaltou a importância da sanção da Lei da Ficha Limpa. A norma proíbe a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados.

“O movimento acaba de ser vencedor no trabalho realizado com a sanção da Ficha Limpa e agora inicia uma nova etapa no combate à corrupção na saúde. Saúde é vida e precisa ser tratada com toda a dignidade. É preciso que toda a sociedade se envolva na fiscalização dos recursos da saúde”, destaca.

Rede Brasil Atual

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