
Balcão da Delegacia de Atendimento ao Idoso dá dicas de como evitar violações
Maria Vitória, 76 anos, sofreu problemas com os vizinhos por três vezes, todos relacionados ao desrespeito. A aposentada diz que, “ciente dos seus direitos”, procurou amparo na Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati). “Contei meu caso à delegada, que me explicou das leis e intimou o vizinho a depor. Hoje, já conseguimos viver com calma”, diz a idosa.
Para que casos como o da aposentada sejam evitados, a Deati montou, no Shopping Center Lapa, na praça de serviços do 1º piso, um estande com representantes de vários órgãos, como a Defensoria Pública da Bahia e o Conselho Municipal do Idoso. A iniciativa, que segue até 31 deste mês, visa esclarecer à população sobre seus direitos e orientar como agir em casos de violência contra idosos.
No local, estão sendo distribuídos cópias do Estatuto do Idoso – criado em 2003 para garantir os direitos da população com mais de 60 anos – e folhetos explicativos com dicas de segurança.
Crescimento - A população brasileira acima de 60 anos cresceu 47,8% na última década, em contrapartida aos 21,6% de crescimento de jovens e adultos no País. Os dados são da síntese de indicadores sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, o País tem hoje 10,5% de sua população representada por idosos.
Para Marise Sansão, presidente da Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas da Bahia, o respeito a esse público, que cresce a cada ano, perpassa por questões políticas. “Há uma falta de compromisso com o desenvolvimento de políticas capazes de atender às questões ligadas ao bem-estar desta população, como o fomento à inclusão social”, afirma.
Para denunciar a violação dos direitos, os idosos podem recorrer ao Ministério Público, aos conselhos Municipal e Estadual do Idoso, à Casa do Aposentado e ao Núcleo de Cidadania da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).
A Tarde
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