sábado, 3 de abril de 2010

Greve de defensores públicos prejudica 100 mil na Paraíba


A greve dos defensores públicos da Paraíba já dura mais de sete meses e durante este tempo estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham deixado de ser atendidas. Segundo o presidente do Sindicato dos Defensores Públicos, Levi Borges, ainda não há um levantamento sobre a quantidade exata de pessoas que deixaram de ser atendidas, mas somente na Grande João Pessoa, cerca de 2.500 pessoas são atendidas por mês. Com a greve, a estimativa é de que em todo o Estado a soma de pessoas que deixaram de ser atendidas chegue a 100 mil pessoas.

Levi Borges destacou que durante toda a greve, os casos considerados de urgência estão sendo atendidos e está sendo respeitado o limite legal de 30% dos servidores trabalhando. “Só estão sendo atendidos casos considerados de urgência como pedidos de relaxamento de prisão, habeas corpus, mandado de segurança e pedido de pensão alimentícia”, afirmou.

O defensor destacou ainda que com a greve, a população mais pobre é a mais prejudicada. “A defensoria assiste às pessoas consideradas pobres na forma da lei”, afirmou. A Paraíba tem cerca de 330 defensores públicos que reivindicam equiparação salarial com juízes e promotores de justiça. “Atualmente recebemos apenas um terço do valor pago aos juízes”, disse Levi.

Uma nova reunião do movimento grevista está marcada para a próxima segunda-feira, dia 5, às 14h, em frente ao prédio da Defensoria Pública, no Centro da capital. A última reunião de greve foi realizada quinta-feira, quando a categoria pediu o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que, segundo Levi Borges, se comprometeu a ajudar os grevistas entrando em contato com o Governo do Estado.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com o governo, através da Procuradoria Geral do Estado, mas não obteve retorno.

PB 1

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