quinta-feira, 5 de março de 2015

As recomendações literárias de Tolstói


O texto original, da autoria de Maria Popova, foi publicado no site Brainpickings.


Ao sucumbir a uma profunda crise espiritual, Leon Tolstói decidiu recompor-se a partir da procura do significado da vida. Assim, leu inúmeros livros de filosofia e de religião, descobrindo inclusive as semelhanças entre essas duas visões e a maneira como lidavam com a verdade do espírito humano. Sendo também um grande escritor e um leitor insaciável, Tolstói listou em uma carta a um amigo os livros que mais o haviam impressionado durante sua vida. “Vou lhe mandar a lista que comecei e não terminei, não para ser publicada, e sim para ser lida por você”, escreveu.



Sob o título “Obras de arte que me marcaram”, Tolstói dividiu sua lista em cinco estágios de vida distintos – iniciando com a infância e terminando com sua idade na época, isto é, sessenta e poucos anos. Ele também dividiu os títulos entre “bons”, “ótimos” e “excelentes”.


Da infância aos 14 anos


Bons:

“Os contos das Mil e Uma Noites”

“Poemas”, de Alexander Pushkin


Ótimos:

“The little black hen”, de Pogorelsk


Excelentes:

“A história de José”, da Bíblia

“Bylina”, de Dobrynya Nikitich, Ilya Muromets e Alyosha Popovich



Dos 14 aos 20 anos



Bons:

“The conquest of Mexico”, de William Prescott

“O capote”, “A briga dos dois Ivans” e “Avenida Nevski”, de Nikolai Gogol


Ótimos:

“Uma viagem sentimental”, de Laurence Sterne

“Herói do nosso tempo”, de Mikhail Lermontov

“The hapless Anton”, de Dmitry Grigorovich

“Polinka saks”, de Aleksandr Druzhinin

“Memórias de um caçador”, de Ivan Turguêniev

“Almas mortas”, de Nikolai Gogol

“Os bandoleiros”, de Friedrich Schiller

“Eugenio Onegin”, de Alexander Pushkin

“Julia, ou a nova Heloísa”, de Jean-Jacques Rousseau


Excelentes:

“O Sermão da Montanha”, do Evangelho de São Mateus

“As Confissões”, de Jean-Jacques Rousseau

“Emile, ou da educação”, de Jean-Jacques Rousseau

“Viy”, de Nikolai Gogol

“David Copperfield”, de Charles Dickens



Dos 20 aos 35 anos


Bons:

“Poemas”, de F.T. Tyutchev

“Poemas”, de Koltsov

“A Ilíada/A Odisséia”, de Homero

“Poemas”, de Afanasy Fet

“O Banquete e Fédon”, de Platão


Ótimos:

“Hermann e Dorothea”, de Johann Wolfgang von Goethe

“Notre-Dame de Paris”, de Victor Hugo


Dos 35 aos 50 anos


Bons:

Os romances da Sra. Henry Wood

Os romances de George Eliot

Os romances de Anthony Trollope


Ótimos:

“A Ilíada/A Odisséia”, Homero [desta vez em grego]

“Anábase”, de Xenofonte


Excelentes:

“Os Miseráveis”, de Victor Hugo


Dos 50 anos 63 anos


Bons:

“Discourse on religious subject”, de Theodore Parker

“Os Sermões”, de Frederick William Robertson


Ótimos:

“Gênesis”, da Bíblia

“Progress and poverty”, de Henry George

“A essência da religião”, Ludwig Feuerbach


Excelentes:

A Bíblia completa

“Pensamentos”, de Blaise Pascal

Epiteto

Confúcio e Mencius

“Lalita-Vistara”, Rajendralala Mitra

Lao Tzu



Diário do Centro do Mundo




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