segunda-feira, 7 de maio de 2012

Porque a mortalidade infantil caiu?




Mortalidade infantil: queda é notícia mais importante do Censo-2010


A queda da mortalidade infantil a praticamente a metade entre 2000 e 2010, a década fortemente marcada pelas políticas sociais empreendidas nos oito anos de governo Lula, é a notícia mais gratificante e importante trazida pelo Censo-2010 divulgado nesta 6ª feira (ontem) pelo IBGE.

Os resultados gerais deste censo mostram que o número de óbitos de crianças menores de 1 ano passou de 29,7 em 2000 para 15,6 mil nascidas vivas uma década depois, uma queda de nada menos que 47,6%. Entre as regiões do país, o Nordeste teve a queda mais expressiva da mortalidade infantil no período - o índice ali passou de 44,7 para 18,5 óbitos para cada mil crianças. Mas, a região continua a ter o índice mais alto no país.


O menor índice.

As conclusões do IBGE são de que os principais fatores responsáveis pela queda são as políticas de medicina preventiva, curativa, saneamento básico, programas de saúde materna e infantil, além da valorização do salário mínimo e dos programas de transferência de renda.

Queda está ligada ao nível de escolaridade da mãe

Outro dado interessante e que merece muita atenção é a conclusão do Instituto de que a queda está ligada, também, ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e 2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças por mãe para 1,9.

Outros dados deste Censo indicam que em 2000, metade da população brasileira com 10 anos ou mais de idade não tinha instrução ou tinha o ensino fundamental incompleto. Segundo o Instituto, o número de pessoas nessa condição chegava a 65,1%. Em 2010, esse percentual caiu para 50,2%.

No mesmo período o número de brasileiros que terminou o ensino superior cresceu 80%. Em 2010, 7,9% da população tinha esse grau de instrução, contra 4,4% em 2000. E aí, de novo a região Nordeste é a que registra mais baixo de instrução tendo 59,1% de sua população com o fundamental incompleto e 4,7% com superior completo.

Um milhão ainda fora das salas de aula

O Censo mostrou também que 966 mil crianças e adolescentes entre 6 a 14 anos não estavam matriculados na escola em 2010, o que representa 3,3% da população nessa faixa etária. Já entre os jovens de 15 a 17 anos, o número foi bem maior: 16,7%.

Apesar de a porcentagem de exclusão escolar ter caído (em 2000, o índice era 22,6%), o número ainda está longe da meta estabelecida pelo governo no Plano Nacional de Educação (PNE), de ter 98% de todas as crianças e jovens de 6 a 17 anos na escola até 2022.

Blog do Dirceu


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