sexta-feira, 31 de março de 2017

Os “evangélicos” e a política: reflexões necessárias sobre o Brasil de hoje

Regina Novaes

O objetivo deste artigo é justamente relativizar diagnósticos conclusivos sobre os “evangélicos em geral”. Fiéis evangélicos são “mais que ovelhas” e com suas histórias e experiências não são, necessariamente, impermeáveis a todas as causas que envolvem direitos sociais. Afinal, para a construção da democracia interessa diferenciar e se aproximar de pessoas, grupos e segmentos que vivenciem discriminações e injustiças sociais, independentemente das religiões que professem

A diversidade dos fiéis levanta a questão sobre as mensagens recebidas via igreja

“Os evangélicos” tornaram-se personagens obrigatórios nas conversas sobre a política brasileira

Nas últimas décadas, “os evangélicos” tornaram-se personagens obrigatórios nas conversas sobre a política brasileira. Disputam todas as eleições e estão em diferentes partidos. Uma vez no Poder Legislativo, os eleitos agem para obter isenções de impostos, para lograr feriados no calendário oficial da nação e para garantir concessões nos meios de comunicação.



Junto ao Poder Executivo, buscam apoio financeiro para eventos religiosos em espaços públicos e agem para lograr subsídios para a construção de templos. Ao mesmo tempo, em suas iniciativas, campanhas e declarações midiáticas, criminalizam práticas ligadas às religiões de matriz africana.



Nos meios de comunicação, também são frequentes as repercussões de declarações de conhecidos evangélicos que negam o reconhecimento de direitos das mulheres, dos grupos LGBT, dos negros, das populações indígenas, bem como se contrapõem a iniciativas que propõem desarmamento e tratamento de saúde para usuários de drogas consideradas ilícitas.



Por tudo isso, seja por defender interesses de suas igrejas, seja por fomentar a intolerância religiosa, seja por questionar direitos e estimular discriminações, “os evangélicos” são, muitas vezes, vistos como a mais perfeita metáfora do mal que ronda a democracia brasileira.



E, certamente, não há como negar que nos dias atuais a atuação pública de setores evangélicos produz nefastas consequências para o combate das desigualdades e para a valorização de nossa diversidade.



Contudo, o objetivo deste pequeno artigo é justamente relativizar diagnósticos conclusivos sobre os “evangélicos em geral”. Para tanto, de início vamos lembrar alguns aspectos de nossa história religiosa e, em seguida, destacar algumas características do Brasil atual que envolvem desigualdades nas condições de vida, sistema eleitoral e concessões nos meios de comunicação.



Catolicismo hegemônico x crescimento pentecostal



Desde os tempos coloniais, os santos, os símbolos e rituais católicos se imbricaram no calendário oficial da nação brasileira bem como essa igreja teve papel central na configuração de territórios urbanos e espaços rurais.



Mesmo após a Proclamação da República, a Igreja Católica continuou sendo a religião oficial e dominante e, ainda, assegurou sua presença nas ações públicas, sobretudo as voltadas para educação, saúde e assistência social.



Enfim, em nossa história, “ser brasileiro e ser católico” parecia ser uma equação inquestionável. As religiões mediúnicas – por vezes ignoradas, por vezes combatidas – não chegavam a ameaçar a hegemonia católica no campo religioso. Até mesmo porque muitos frequentadores de candomblé, umbanda e do espiritismo kardecista, vivendo um pertencimento duplo, também se declaravam católicos.



Os protestantes de migração, herdeiros da Reforma do século 15 (batistas, presbiterianos, luteranos, metodistas etc.), também não representaram grande ameaça, pois, sem priorizar novas conversões, seguiram com crescimento vagaroso.



De fato, foi a chegada do pentecostalismo, no começo do século 20, que provocou fortes mudanças no campo religioso. Marcados pela crença nos dons especiais concedidos pelo Espírito Santo, com suas ofertas de êxtase religioso e com seu forte ativismo proselitista, os primeiros crentes pentecostais chegaram via Estados Unidos, como indica a história da Assembleia de Deus e da Congregação Cristã do Brasil.



Décadas depois, aquelas e muitas outras denominações – vindas de fora ou nascidas no país – já estavam espalhadas Brasil afora. A partir dos anos 1960, contando com as concessões de rádio e TV, algumas obtidas durante a ditadura militar, as denominações pentecostais chegaram aos lares católicos e cresceram, sobretudo nas camadas populares.



Logrando conversões e exigindo exclusividade, essa vertente religiosa introduziu concorrência explícita no interior do campo religioso. Como reação a esse crescimento, sobretudo no decorrer dos anos 1970, novas movimentações surgiram no interior da Igreja Católica.



De um lado, a Renovação Carismática Católica (RCC) – também enfatizando o acesso dos fiéis contemporâneos aos dons do Espírito Santo – passou a oferecer rituais católicos com maior efervescência e ganhou adeptos no interior da própria população católica. De outro lado, inspiradas nos documentos do Concílio Vaticano II, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) se tornaram espaços de reivindicação por terra, por condições de trabalho, por moradia urbana. Por meio de uma “politização do religioso”, quadros das CEBs renovaram a fé e passaram a atuar segundo as regras do campo político.



Porém, nem a Renovação Carismática nem as CEBs chegaram a ser movimentos massivos e não foram suficientes para estancar a diminuição do rebanho católico. Como indicam os resultados dos censos do IBGE, o catolicismo seguiu linha decrescente: 89,0% (1980); 83,3% (1991); 73,6% (2000) e 64,6% (2010). Enquanto os evangélicos, alavancados pelo crescimento das denominações pentecostais, chegaram aos seguintes números: 6,6% (1980); 9,0% (1991); 15,4% (2000) e 22,2% (2010)1.



Situações, trajetórias de vida e níveis de pertencimentos



Não por acaso, denominações evangélicas chegaram nas prisões, favelas, conjuntos habitacionais, acampamentos rurais e outras periferias marcadas pela pouca presença da Igreja Católica e pela presença precária do Estado.



Em espaços marcados pela fragmentação e violência, as igrejas evangélicas oferecem recursos materiais e simbólicos para dar sentido à vida e para enfrentar situações difíceis. Ali circulam recursos ritualísticos e estoques de argumentos para enfrentar sofrimentos relacionados com desemprego, doenças, alcoolismo, drogas, violência doméstica etc.



Em territórios mais pobres, muitas vezes dominados pela violência do narcotráfico e da polícia, sem dúvida, os templos evangélicos tornam-se importantes espaços de sociabilidade. Para quem mora em comunidades, favelas e periferias faz diferença “ser da Igreja”. Pertencer a grupos de oração, equipes de evangelização, participar de vigílias e ações sociais pode resultar em aumento da autoestima e acesso a redes de ajuda mútua.



Porém, olhando mais detidamente para o interior dessas igrejas, percebe-se que também há diferenças entre os fiéis que devem ser consideradas. Em um artigo intitulado “Somos mais que ovelhas” (O Globo, 29/9/2016), Ana Paula Lisboa – afirmando que “boa parte da esquerda considera os crentes burros, bitolados, alienados” – faz uma distinção entre “crentes ativos que se engajam nas programações da Igreja”; “crente de banco que entra e sai despercebido” e “crente Raimundo, um pé na Igreja e um pé no mundo”.



Essas várias maneiras de “estar na Igreja” somadas às diferentes experiências de vida dos fiéis sugerem a seguinte pergunta: até que ponto o que é dito nas igrejas, nas rádios e nas TV é incorporado por todos ou sempre existem possibilidade de selecionar e (re)interpretar mensagens? Por exemplo, a recorrente demonização dos cultos afro-brasileiros pode ter significados diferentes para um evangélico que nunca frequentou terreiros, para outro que já os frequentou e, ainda, um outro para quem vive (ou não) com parentes próximos que são adeptos da umbanda ou do candomblé.



Interessante notar ainda que a depender da idade dos fiéis as experiências vividas em espaços de evangélicos também podem ser apropriadas de formas diferentes. Sem dúvida, para os jovens, as igrejas são locais de sociabilidade, de convivência e lazer. Mas, nessa fase da vida, geralmente, os jovens “têm um pé no mundo”, circulam por outros espaços e têm outros pertencimentos. Jovens das classes populares – que têm oportunidade de aprender a cantar e a tocar instrumentos musicais nas igrejas – estão transferindo esse aprendizado para redes de hip-hop gospel e para outros grupos de arte e cultura, parte deles com ativismo político ligado à cultura de periferia.



Foram muitos os jovens evangélicos que em 2013 postaram suas fotos na rede social Facebook com a frase “Feliciano não me representa”, em protesto contra o deputado homofóbico que naquele momento presidia a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.



As cúpulas e as bases: sintonias e distanciamentos



Contudo, além das diferenciações acima apontadas, pode-se dizer que para a grande maioria dos fiéis o pertencimento a igrejas evangélicas produz “conservadorismo”, aqui entendido como intolerância religiosa, discriminação das chamadas minorias e negação de direitos? A meu ver, não produz conservadorismo, mas exacerba crenças e valores preexistentes no tecido social. Em outras palavras, trata-se de um considerável reforço condensador de percepções e valores conservadores espalhados no contraditório “senso comum” da sociedade. Tal reforço religioso, sem dúvida, pode realimentar (e sistematizar) preconceitos e sectarismos.



Assim sendo, em momentos eleitorais (mesmo sendo difícil isolar a variável “religião” de outras variáveis como renda e escolaridade), esse mesmo reforço pode determinar escolhas de candidatos. Sendo assim, sem dúvida ganham votos aqueles que – enfatizando a “defesa da família” – repudiam o aborto e negam os direitos das mulheres e da população LGBT etc.



Mas isso não é tudo. Para compreender as repercussões do “ser evangélico” é preciso também considerar outras possibilidades. Em um extremo, a proximidade (física, pessoal) de um candidato evangélico pode, muitas vezes, funcionar mais do que a total ou parcial concordância com seus pensamentos. Em outro extremo, a grande circulação de fiéis entre denominações, e entre igrejas de uma mesma denominação, torna mais fluidas as relações entre “representantes” e as “bases” que eles dizem representar. Situações intermediárias podem se dar entre os evangélicos que, segundo o censo do IBGE de 2010, dizem não pertencer a nenhuma igreja. Lendo a Bíblia e assistindo programas de TV, esses fiéis estabelecem vínculos descontínuos com diferentes denominações.



Atentar para diferentes maneiras de “ser evangélico” contribui para a compreensão das dissintonias que podem existir entre os posicionamentos dos pastores/candidatos/representantes evangélicos e o conjunto das percepções de toda a população que os elege. Segundo pesquisa do DataFolha, divulgada em 2014, há grande sintonia no repúdio ao homossexualismo, mas há notáveis discrepâncias no que diz respeito ao uso de armas de fogo e à pena de morte. Ainda segundo pesquisa do Datafolha, divulgada em 2015, a grande maioria dos evangélicos entrevistados se posicionou contra propostas neoliberais de redução do Estado e reivindicou o Estado protetor, marcando a distância de parlamentares evangélicos que hoje (parte da base aliada do governo federal) estão votando medidas que levam à privatização de serviços públicos e à perda de direitos.



Isso tudo sem falar que a segmentação continua sendo uma característica do mundo evangélico. Novas denominações surgem cotidianamente e, entre elas, aquelas que questionam as pautas conservadoras, religiosas e/ou laicas. Assim nasceram as “igrejas evangélicas inclusivas”2 que aliam pertencimento religioso e engajamentos em lutas por reconhecimento de direitos da população LGBT. Este também é o caso da Igreja Batista do Caminho, à qual pertence o pastor Henrique Vieira, ex-vereador pelo PSOL, em Niterói, Rio de Janeiro.



Entretanto, quando se fala “dos” evangélicos em geral, essas e outras diferenças são silenciadas. Melhor, então, seria falar “de” evangélicos e, a partir de tal delimitação, relacionar seus comportamentos com algumas características do Brasil atual. É o que faremos a seguir.



Conluios “de evangélicos” no sistema político e nos meios de comunicação



Entre evangélicos nota-se uma espécie de “religiosização da política”. Isso porque, a partir de justificativas morais (em consonância com interesses de suas instituições religiosas), seus membros, sem constrangimento, utilizam categorias bíblicas e evocam Deus nos espaços usuais da política.



Entretanto, se é verdade que essa linguagem e identidade religiosa (construída em oposição aos privilégios da Igreja Católica) funciona como um passaporte para o ingresso na vida política, isso não impede que esses parlamentares rapidamente incorporem e reproduzam os usos e (maus) costumes predominantes no sistema político vigente.



Tanto na “bancada evangélica”, conhecida após a promulgação da Constituição de 1988, quanto posteriormente na Frente Parlamentar Evangélica (FPE), articularam-se interesses religiosos e contrapartidas políticas. Já foi assim, em 1987, por ocasião da aprovação dos cinco anos para o governo Sarney; continuou assim em 1992, no escândalo dos “anões do orçamento”, e em 2004, na “operação Sanguessuga”.



Após essa constatação, pode-se então indagar: qual seria hoje o traço distintivo de sua atuação? Ocultando ou não seu pertencimento religioso, mas sempre usando referências bíblicas, temos hoje um conjunto de evangélicos que levantam bandeiras de cunho moral que lhes garantem grande visibilidade. Por exemplo, nas iniciativas contra a descriminalização do aborto, se unem a parlamentares de diferentes religiões e partidos, mas parecem falar mais alto. Nas questões de gênero e de orientação sexual3, as posições públicas de evangélicos também coincidem com uma onda conservadora mais ampla que, atualmente, tem se manifestado no Brasil (e no mundo). Porém, suas vozes também ganham destaque.



As narrativas sobre famoso episódio que resultou na não distribuição de material pedagógico sobre diversidade sexual (desqualificado como “kit gay”), preparado pelo Ministério de Educação, em 2014, omitem as pressões feitas de outros atores e atribuem o feito somente à “força dos evangélicos”. Também a expressão acusatória “ideologia de gênero” é imediatamente associada aos evangélicos, ainda que seja usada por padres, por bispos católicos, por leigos4 e até adotada por noticiários de TV.



Tal visibilidade exacerbada contribui para a invisibilidade das “igrejas evangélicas inclusivas” e da Teologia da Missão Integral5. Assim como invisibiliza as atividades desenvolvidas por redes evangélicas e/ou ecumênicas, que com restritos recursos financeiros se colocam a favor dos direitos (conquistados ou a conquistar) de diferentes grupos sociais discriminados. Aqui vale também lembrar blogues e sites nos quais jovens evangélicos (da Rede Fale e da Rede Ecumênica de Juventude, entre outras) se contrapõem às visões machistas e homofóbicas que fundamentam a campanha denominada de Escola sem Partido.



Certamente, essa mesma visibilidade exacerbada também tem contribuído para eleições de parlamentares e pode ter influenciado resultados de eleições majoritárias no Rio de Janeiro, que elegeu para prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.



Nessas, e em outras situações, pastores evangélicos negociam apoios e contrapartidas. De um lado, abrem suas igrejas, onde um grande número de “eleitores evangélicos”, com grande frequência cotidiana, são disputados por candidatos de diferentes religiões, perfis e partidos. Nas campanhas eleitorais, candidatos não evangélicos visitam igrejas, participam de cultos, criam “comitês evangélicos”. Depois das eleições, para alimentar tais relações, implementam-se parcerias em ações públicas e cargos são oferecidos como moeda de troca.



De outro lado, esse sistema político baseado em “puxadores de votos” também alimenta o particular crescimento de parlamentares que se apresentam como evangélicos. E assim, os mais conhecidos, com maior acesso aos meios de comunicação, vão elegendo (com poucos votos) outros candidatos evangélicos pouco conhecidos O sistema beneficia os pastores-comunicadores, bem como beneficia “famosos em geral”, como Tiririca, deputado federal mais votado do país em 2010.



Também as rádios e TVs “evangélicas” se movem dentro da lógica perversa na área da comunicação no Brasil. A Record, que pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, é hoje a segunda televisão do país, ainda assim também “aluga” horários em outros canais. Prática essa seguida por outras igrejas evangélicas que, em concessões públicas, praticam aluguéis sem autorização, fazendo subconcessões e negociações publicitárias. Emissoras como a Bandeirantes, Rede TV! e Gazeta em São Paulo não fecham seus orçamentos sem a venda de horário para as igrejas6. Tudo isso reforça a desigualdade no uso de espaço de uma concessão pública.



Nota final: evangélicos, a quem interessam as generalizações?



No que diz respeito ao campo religioso, é interessante indagar por que em escândalos e polêmicas envolvendo parlamentares, somente a religião dos evangélicos ganha destaque. Certamente isso pode se explicar pela maneira, veemente e religiosamente reiterativa, dos evangélicos atuarem na política. Mas também pode revelar preconceitos em relação aos evangélicos por parte da sociedade brasileira que se vê como laica, mas naturaliza a presença de símbolos e rituais católicos no espaço público. Ou seja, para refletir sobre o papel desempenhado por segmentos evangélicos, hoje, é preciso também indagar sobre o catolicismo tradicional fortemente imbricado em nossa cultura.



No que diz respeito ao campo político, é necessário indagar: quais grupos econômicos e forças sociais se beneficiam – direta ou indiretamente – da atuação dos parlamentares evangélicos? Como se sabe, vários projetos que visam a democratização dos meios de comunicação têm sido barrados por “deputados evangélicos”, que acabam também por prestar um serviço para canais concorrentes. Paradoxalmente, a mesma Rede Globo, que pareceu tão empenhada em dificultar a eleição de Crivella no Rio de Janeiro, se beneficia da ação de evangélicos quando estes barram mudanças na atual forma de regulamentação dos meios de comunicação.



Nesse sentido, ao circunscrever o mal da democracia aos “evangélicos” acaba-se por economizar reflexão sobre realidades, interesses e disputas políticas presentes no Brasil de hoje. Sem dúvida, o protagonismo sectário de certos líderes evangélicos tem sido oportuno para outros segmentos religiosos, políticos e econômicos. Tais confluências também criam obstáculos para levar adiante a reforma política.



Em cenários de barganha e disputa por capital político, aos setores evangélicos conservadores também interessa ocultar outras iniciativas e denominações e assim ter seu poder de representação inflacionado. Em contraposição, para refletir sobre o Brasil de hoje, é preciso conhecer mais sobre denominações, grupos e redes evangélicos que têm se somado aos coletivos e movimentos sociais que lutam por reconhecimento da diversidade e efetivação de direitos sociais.



Por fim, para melhor qualificar o debate, é preciso também ir além das informações quantitativas sobre a “população evangélica”. Conformando um todo bem heterogêneo, os fiéis evangélicos são “mais que ovelhas” e com suas histórias e experiências não são, necessariamente, impermeáveis a todas as causas que envolvem direitos sociais. Afinal, para a construção da democracia interessa diferenciar e se aproximar de pessoas, grupos e segmentos que vivenciem discriminações e injustiças sociais, independentemente das religiões que professem.



Regina Novaes é antropóloga, como pesquisadora do CNPq, desenvolve projetos de investigação nas áreas de Juventude, Religião e Política.

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Teoria e Debate


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