sábado, 13 de junho de 2015

Hugo Mota: presidente da CPI e algoz de Lula


Walter Santos 
 
Está fazendo pelo PMDB o que o ex-senador Efraim Morais fez pelo DEM na CPI dos Bingos, que acertou em cheio o PT e livrou todos os demais partidos e personagens

A convocação pela CPI da Petrobras do presidente do Instituto da Cidadania, Paulo Okamato, para explicar doações da Camargo Correa na constituição da entidade, que fomenta as ações pelo mundo, sobretudo na direção da África e da América Latina por intermédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem poderia ser tratada como corriqueira e natural, mesmo sendo fato batendo às portas da Paraíba, em face de a CPI ser presidida pelo deputado federal Hugo Mota.



O assunto vem à baila porque é o jovem e promissor parlamentar de Patos quem tem dado cartadas complicadas, perigosas, em situações que merecem melhor reflexão porque talvez, sem que se aperceba, ele tem cumprido o difícil e arriscado posicionamento de ser o porta-voz das agonias e pancadas em torno de Lula e do PT.

É como se, de uns tempos para cá, tenha resolvido assumir o papel draconiano na direção do mais popular líder político em atuação, no caso o ex-presidente petista. Está fazendo pelo PMDB o que o ex-senador Efraim Morais fez pelo DEM na CPI dos Bingos, que acertou em cheio o PT e livrou todos os demais partidos e personagens.

AINDA O FILTRO SELETIVO DAS DOAÇÕES

Hugo Mota usou de dois pesos e duas medidas quando convocou Okamato e se "esqueceu" de, pelos mesmos motivos de doação da Camargo Correa, convocar para a CPI representantes do Instituto FHC porque este ex-presidente, muito antes de Lula, recebeu da mesma construtora valores correspondentes a três vezes mais ao que fora doado a Lula.

Ora, se a CPI conduz ação impessoal e abrangente incorrer em atitude discricionária, logo erro crasso, deixa latente que está mesmo é focado como a endossar e querer atingir o PT e Lula, embora o ex-presidente FHC tenha contabilizado valores muito maiores do que do petista.

A HISTÓRIA E O TEMPO FUTURO

Há em curso, aliás desde muito tempo, uma grande articulação para criminalizar o PT e Lula, como o próprio presidente da CPI deixou transparecer numa conversa recente, segundo a qual, o Petismo precisa se cuidar mais é com a Justiça, com o que advém do Juiz Sérgio Moro, como soubesse ou quisesse intuir de que muito mais forte e grave está por vir contra o PT e Lula – o alvo pela menção de 2018: a criminalização do Petismo.

Em face da atual performance, o deputado paraibano anda sendo festejado em rodas de Brasília e alhures como um jovem destemido, mas um dia quando refletir mais profundamente sobre sua atuação, possa ser que enxergue o papel de um algoz que não cabe no seu manequim de mandato ainda em formação também por não ter dimensão deste intrigante compromisso e performance.

A rigor, ele emerge para a imagem de politico atraente , mas avançando como um jovem conservador de face e imagem belas com jeito leve, mas carrasco contra personagens que fizeram o Brasil avançar muito, como nunca existira antes.

Aos poucos ele cresce, mas consolidando posição na Câmara Federal inteiramente atrelada e dependente do presidente Eduardo Cunha, reconhecidamente conservador, construindo no paralelo forte marca ideológica à Direita na relação com os setores progressistas do País, que não só da Paraíba, bem distante do que seu partido e as lideranças do seu Estado tanto precisaram de Lula.

Se esta for a escolha de caso pensado, não tem outro jeito, é só encarar o papel e suas consequências.


Wscom


Antonio Fernandes · Top commenter


O jornalista esqueceu de dizer que o ex-senador Efraim Morais foi duramente castigado pelo povo da Paraíba, por ter perseguido o Lula. O coronelão do DEM tentou a reeleição em 2010 e foi DERROTADO.


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