quarta-feira, 16 de abril de 2014

Quando a Ultra-Esquerda se une à Direita

Anarcosindicalismo

Ademir Alves de Melo

É preocupante o que planeja o grupo que controla a ANDES, na sequencia de um conjunto de ações contestatórias, organizadas e articuladas por setores radicais e anarquistas, para os próximos meses. Querem a greve docente a qualquer custo. Para tanto, como sempre, os dirigentes da ANDES, comparecem a mesas de negociação com o MEC e procrastinam um acordo com o fito de esticar o diálogo impossível. Os sindicatos locais seguem a mesma sistemática de trabalho político-ideológico. Os professores, por sua vez, não comparecem às assembleias, pois estão cansados das manobras diversionistas habituais. Por isso, se aprova indicativo de greve com uma trintena de presentes, em nome de mais de 2000 docentes da UFPB. Há que negociar, mas não faz parte do vocabulário do anarcosindicalismo o vocábulo NEGOCIAR. Estranhamente, ao mesmo tempo, a direita sediciosa abre o jogo no Senado e manifesta o seu anseio incontido do buscar o impeachment da presidente Dilma. Quem viveu à época do golpe militar de 64 e experimentou a amarga experiência do fascismo em movimento, antes e depois do golpe de Pinochet, no Chile, sabe o papel que desempenha esses grupos de ultra-esquerda, criando condições de ingovernabilidade, justificando assim a quartelada ou o golpe branco. Consumado o golpe, esses grupos desaparecem do cenário de lutas, pois só emergem a cabeça na democracia que eles destroem com seus métodos oportunistas.

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