segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ministério Público vai notificar Estado e Município por falta de creche.



Moradores do bairro Jardim Veneza, em João Pessoa, denunciam creches sem berçários e ausência de escolas estaduais com Ensino Médio

O Ministério Público da Paraíba vai notificar as Secretarias Estadual e Municipal de Educação sobre o déficit de Creches no conjunto Jardim Veneza, em João Pessoa. Além do número de unidades ser considerado insuficiente, moradores do bairro denunciam ainda que as Creches não têm berçários e que não há Escolas estaduais com Ensino médio.

As duas Creches existentes no bairro, sendo uma estadual e outra pertencente ao município, atendem 156 crianças, com idades de 2 a 5 anos. Segundo a diretora de uma das unidades, a procura por vagas é crescente e os espaços não são suficientes para atender a população.

A Creche estadual Margarida Maria Alves, localizada na rua Manoel Vicente Rodrigues, está apta a receber apenas 45 crianças. Para não deixar as famílias desassistidas, a diretora da Creche, Francisca de Sousa, abriu outra sala para atender 11 crianças a mais.

Segundo Francisca de Sousa, mesmo com o número de crianças acima da capacidade, os funcionários dão conta do trabalho. No entanto, a sala que servia como dormitório para as crianças teve que ser readaptada para uma sala de aula. “A procura de mães é sempre grande, principalmente por conta dos novos loteamentos. Por isso, tivemos que abrir outra sala e mesmo com essas crianças a mais, todas são atendidas”, garantiu.

No Centro de Referência da Educação infantil (Crei) Maria Gertrudes, do Município, a situação também não é diferente.Apesar de comportar 100 crianças, no local estão matriculados cinco Alunos a mais e ainda há pais cadastrados em uma lista de espera, segundo informações dos funcionários da Creche. Na ruas do bairro, a principal reclamação dos pais e mães que precisam deixar os filhos em um local seguro enquanto trabalham é falta de Creches para atender crianças menores de dois anos.

É o caso da dona de casa Rosilda Ferreira, moradora do Condomínio da Paz. Ela reclama da falta de Creche para atender a neta de um ano e oito meses de vida. “Aqui no condomínio, por exemplo, tem muita criança menor de dois anos que não tem como ficar nas Creches. A maioria das mães não pode trabalhar por conta disso. Com quem elas vão deixar as crianças?”, questiona.

A realidade é outra na casa do aposentado Severino Silvino, que também tem um neto com pouco mais de um ano de idade. Ele conta que a criança fica aos cuidados da avó, enquanto os pais trabalham. Mas, defende a instalação de mais uma Creche no bairro para atender às famílias mais carentes. “Vejo muitos pais aqui que não têm com quem deixar os filhos e também não têm como pagar alguém para cuidar. Tudo isso atrapalha, no caso das mães que precisam trabalhar”, lamentou.

Já quem precisa estudar o Ensino médio ou participar de programas de Educação de Jovens e Adultos também reclama da falta de uma Escola estadual que tenha Ensino médio, no bairro. A dona de casa Neide Lima revela que para assistir aulas do Ensino médio, precisou se matricular em uma Escola no Bairro dos Novaes e que outras pessoas ainda procuram vagas em Escolas no bairro do Jardim Planalto.

A Promotoria da Educação, por meio da assessoria jurídica, informou que será marcada uma audiência com as Secretarias Estadual e Municipal de Educação sobre o déficit de Creches e Escolas no bairro.

Todospelaeducação

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