Milton Temer
O ministro Toffoli, do Supremo, é o exemplo mais gritante. Assessor de segunda linha da bancada do saudoso PT durante o mandriando tucano de FHC, virou advogado de campanha lulista em 2002. Ascendeu ao Planalto como carregador de mala e, de um momento a outro, surpreende a todos quando indicado por Lula para o STF. Surpreendeu porque sua biografia era conhecida. E não abonava a indicação.
Toffoli já havia tentado por duas vezes ingresso na magistratura de primeira instância. Levou bomba nas duas. Pelas mãos de Lula, furou a fila e se transformou em ministro da mais alta instância. Hoje mostrou sua gratidão. Se alinhou com Gilmar e Celso de Melo na desqualificação da viagem de Dilma à sede da ONU. Ocupou o Jornal Nacional para, como escorpião da fábula, picar o sapo barbudo que o atravessara à outra margem do rio.
Mas o mesmo JN mostrou outro traíra, aí na linha dos maluf, tiririca, sergio guardanapo cabral, trivela e outros do gênero a quem cortejou de forma vil: Delfim Netto.
O conselheiro foi visitar o "amigo" michel temer, a quem prestou uma assessoria para o que o usurpador terá que conversar com Henrique Meirelles, outro ícone do lulismo, que já se passa para o lado dos que hoje massacram seu projeto.
Alguma surpresa nisso?
Nenhuma.
Quem escolhe companhia de mequetrefes, com eles se iguala.
Quem prefere cortejar a burguesia e seus maganos a cumprir o que o programa partidário prometeu durante duas décadas de vida dura na oposição, não pode esquecer que a casa grande usa seus capatazes enquanto eles têm condição de oprimir seus iguais sem sofrer resistência. Na medida em que esses serviçais deixam de controlar a massa, são devolvidos à sua verdadeira condição de desnecessário. São transformados em bagaço dispensável.
Que não tente, na nova condição, se transformar em líder do que renegou quando estava na alta, é o mínimo que dele se anseia.
Resta à esquerda continuar na sua linha combativa de defesa da democracia e trincheira contra o golpe dos maganos do grande capital.
Não por causa de Lula ou Dilma.
Em homenagem ao povo brasileiro
A considerar...
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