As manifestações contra e a favor do governo têm tido perfis bem diferentes. As primeiras são mais espontâneas e mobilizam um número bem maior de pessoas, majoritariamente das classes médias e altas, que comparecem na condição de indivíduos. As segundas têm atraído o público militante que partidos, sindicatos e movimentos sociais conseguem mobilizar.
Em umas e outras nota-se a ausência dos contingentes populares mais empobrecidos, concentrados principalmente nas periferias de grandes cidades.
Aparentemente, esses grupos já não têm motivos para apoiar Dilma, Lula e o PT, até mesmo porque a crise econômica os castiga, mas tampouco se identificam com a oposição, seja ela partidária ou social.
Se e quando se moverem, serão atores decisivos. Mas é impossível prever seu comportamento.
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