domingo, 4 de dezembro de 2011

PSB quer aliança estratégica com PT, eventuais diferenças são pontuais



PSB realça apoio a Dilma para evitar ataque prematuro do PT

Com possibilidade de Eduardo Campos disputar o Planalto em 2014, sigla teme virar adversária do governo agora

Adriano Ceolin, iG Brasília | 02/12/2011 21:01

Com receio de sofrer ataques prematuros do PT, o PSB quer deixar claro que é parceiro do governo Dilma Rousseff durante seu 23º Encontro Nacional. O evento ocorre entre hoje e amanhã, em Brasília, e visa reconduzir o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como presidente nacional da legenda. Em segundo mandato, ele é cotado como candidato ao Palácio do Planalto em 2014.

Os socialistas fizeram questão de convidar integrantes do PT e do governo para o evento. Presidente da República em exercício, Marco Maia (PT-RS) marcou presença. Ele chegou acompanhado dos ministros petistas Alexandre Padilha (Saúde) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também compareceu.
“Nós queremos estreitar cada vez mais nossa relação com o PSB”, afirmou Falcão ao chegar ao evento.


 Mais cedo, durante palestra, Eduardo Campos, também fez questão de pedir solidariedade ao governo Dilma. “Não podemos nos fracionar se não volta a velha política que não serve ao Brasil”, afirmou o presidente socialista.
Apesar de sinalizar aliança com o PT, em Estados estratégicos como São Paulo, Paraná e Minas Gerais, o PSB mantém alianças com o PSDB. No Sudeste, o novo parceiro é o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que fundou o PSD no começo de outubro e atuará como uma espécie de “braço-político” de Campos no Sudeste.
No Encontro Nacional do PSB, inclusive, eram aguardadas as presenças de Kassab e do senador Aécio Neves (PSDB-MG), como quem Eduardo Campos sempre teve uma excelente relação. Ao contrário do que se previa, apenas os petistas marcaram presença. Do PSD, o único representante foi o deputado Hugo Napoleão (PSD-PI).
Na Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) foi eleito governador com o apoio do PSDB e até do DEM. Ele derrotou José Maranhão (PMDB), que teve o PT como aliado. Para 2012, porém, Coutinho quer se reaproximar do PT. No município paraibano de Pombal, o governador orientou o PSB local a não lançar candidato contra prefeita Pollyanna Feitosa (PT), que disputará reeleição.
“Nós fazemos parte de um projeto nacional. Não devemos ir contra ao que está dando certo para o País”, disse Coutinho, referindo-se a aliança com o PT da presidenta Dilma Rousseff. “Apesar de eu ter sido eleito com o apoio do PSDB, conto com o apoio de setores do PT, como o deputado Luiz Couto (PT-PB)”, afirmou o governador da Paraíba.
Mesmo em Recife, o governador pernambucano não descarta lançar candidato próprio caso o PT se divida entre apoiar a reeleição de João da Costa ou lançar o ex-prefeito João Paulo. No começo de outubro, o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) mudou seu domicílio eleitoral para a capital pernambucana para servir como opção.
Dentro do PT, um dos dirigentes que critica os movimentos de Eduardo Campos é o ex-ministro José Dirceu. Em 10 de novembro deste ano, em reunião de avaliação com petistas em São Paulo, ele reclamou da “variedade de alianças” do PSB, sobretudo a aproximação com o PSD de Kassab.
Politica Ig

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