quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Luis Couto: grupos de extermínio se espalharam na Paraíba

Deputado petista diz que grupos de extermínio se espalharam pela região depois da CPMI no Congresso


Durante uma entrevista ao Programa “Cidade em Ação” da TV Arapuan, apresentado pelo radialista Jota Júnior, o deputado federal pelo PT, Luiz Couto, disse que os grupos se espalharam pela região nordeste depois da CPI dos Grupos de Extermínio no Congresso Nacional e que Antônio Gomes é um elemento perigoso que atua nos grupos de extermínio desde a década de 80, fazendo parte do grupo do Cabo César e do policial conhecido por “Abidoral” e que tinha a participação de outros policiais paraibanos e pernambucanos.

Couto contou que ele estava preso e fugiu quando recebeu o direito de passar o final de semana com a família no dia das mães e estava foragido e agora foi localizado na cidade de Itambé – Pernambuco.

Os agentes do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa da Secretaria de Segurança Pernambuco prendeu no sábado passado (dia 10), Antônio Gomes da Silva, de 59 anos, acusado de integrar um grupo de extermínio que atua em Pernambuco e Paraíba desde 1986.

Contra ele pesa a acusação de envolvimento em 210 homicídios e ele já confessou que teve participação direta na morte de 25 pessoas, mas a policia tem provas da participação dele em 164 inquéritos já concluídos. Ele é acusado de estar fazendo ameaças as testemunhas do assassinato do advogado e vice-presidente do diretório estadual do PT em Pernambuco, Manoel Mattos, fato ocorrido no mês de janeiro de 2009.

O deputado federal lembrou que durante “a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional, que investigou os crimes dos grupos extermínio no Nordeste, os deputados tomaram conhecimento que alguns policiais presos, ficavam com as chaves das celas onde eles estavam recolhidos, a exemplo do policial conhecido por Abidoral”.

Couto disse que eles mataram integrantes do próprio grupo com medo que eles denunciassem a polícia os crimes cometidos por eles. Ele acrescentou que com a liberdade que eles tinham era possível passar o dia na cadeia, sair em um determinado período a noite ou em outro horário, cometer o crime e depois voltar para a cela com o álibi perfeito, já que na hora do homicídio estavam presos.

O petista disse que apesar das prisões e do trabalho feito pela polícia, a ocorrência de homicídios não diminuiu e o que aconteceu foi que a ocorrência e crimes acabou se espalhando por toda a região, como foi confirmado pelo “Mapa da Violência” mostrou o problema e identificou as vitimas como sendo e sua maioria jovens negros, pobres e moradores da periferia das cidades.

Segundo ele, muitos os crimes foram cometidos por pessoas que estão presas, mas saem dos presídios para cometer os crimes. Luiz Couto disse que foi por essa razão que o Governador Ricardo Coutinho pediu ajuda do Ministério da Justiça a designação de delegados para investigar os casos cujos inquéritos são e autoria desconhecida, para tentar saber quem cometeu os crimes e se são policiais.

O petista advertiu que é preciso prender os matadores, mas também é identificar, localizar e prende os mandantes, os financiadores e os protetores. Neste sentido, ele citou o exemplo e Pernambuco, onde o governado Eduardo campos chamou para si a responsabilidade e a criminalidade tem reduzido nos últimos anos.


Paraíba.com

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