quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Menos da metade dos jovens cursa o ensino médio



SÃO PAULO - Menos da metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos cursa o ensino médio, etapa de ensino adequada para essa faixa etária, de acordo com o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostra outros dados preocupantes sobre a educação de jovens no País.



Embora 82% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estejam matriculados, o problema está no atraso para concluir os estudos, situação que reflete nas faixas de idade mais à frente. Segundo o órgão, apenas 48% dos jovens daquela faixa etária cursavam o ensino médio em 2007. Na população de 18 a 24 anos, apenas 30% têm o ensino médio completo e nada menos de 65% estão fora da escola; outros 13% estão no ensino superior. Na faixa seguinte, de 25 a 29 anos, apenas 9,4% têm o superior completo, abaixo da meta de 30% estipulada para 2011 no Plano Nacional de Educação (PNE).



Um ponto positivo mostrado pelo estudo é que a taxa de analfabetismo caiu de forma significativa entre os jovens nos últimos anos. Na faixa de 15 a 24 anos, ela caiu 66,6% entre 1996 e 2007. Entre aqueles com idade de 25 a 29 anos, a queda foi de 48%. Mas o Ipea alerta para a desproporção entre as regiões do País.



"Apesar de ter havido acentuada redução do analfabetismo no segmento de jovens entre 1996 e 2007, este avanço não foi acompanhado de redução das disparidades regionais, o que reforça a necessidade de intensificar e ampliar ações que priorizem as regiões Norte e, em particular, a Nordeste", diz o estudo. O país, de acordo com o instituto, ainda tem 1,5 milhão de analfabetos com idade entre 15 e 29 anos.



O grau de analfabetismo da população brasileira, medido pela taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever, ainda se encontrava no patamar de 10% em 2007. O porcentual é elevado quando comparado ao de outros países da América do Sul, como Uruguai, Argentina e Chile, cujas taxas variam entre 2% e 4%.

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

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