segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Direitos humanos e os desaparecidos



Lula traz clareza às questões do PNDH

Poucas vezes antes um presidente da República empenhou-se de forma tão objetiva quanto o fez o presidente Lula agora, nos esclarecimentos públicos sobre as questões e resistências que cercam o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) e a criação da Comissão Nacional da Verdade para apurar o desrespeito aos direitos humanos durante a ditadura militar.

Em visita ao Maranhão, em entrevista a TV na qual apoiou o ministro-secretário dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, o presidente foi muito claro: o PNDH não é uma "caça as bruxas" e essa apuração dos crimes durante a ditadura pode ser feita de forma "tranquila e pacífica". O objetivo é possibilitar a uma centena e meia de famílias que tiveram parentes desaparecidos saber o que lhes aconteceu, acentuou o chefe do governo.

Em poucas palavras ele explicou uma situação que só não foi resolvida, ainda, porque aqueles que resistem as investigações tiveram o apoio da midia corporativa e da direita, que sustentaram durante todo esse tempo - 25 anos desde o fim da ditadura - a posição dos militares contrários às apurações.

A posição destes seria insustentável sem esse apoio, reforçado pelo que também receberam da oposição, do DEM et caterva, e do PSDB, inclusive com a entrevista recente em que o ex-presidente Fernando Henrique considerou que a questão é de direitos humanos e não política - como se pudesse haver essa dissociação.

Tiveram um apoio supreendente também nas inacreditáveis declarações de um ex-exilado, o governador e candidato da oposição ao Planalto, José Serra, que falou de "confusão" no governo e que não analisaria o assunto para não se chocar com os militares.

Blog do Dirceu

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