quarta-feira, 26 de julho de 2017

"Uber da educação", o professor como produto descartável

Ivan Valente

A educação costuma sofrer muito quando está sob as asas de tucanos. Sucateamento do ensino, fechamento de escolas, salários baixos, condições precárias e violência policial contra professores são características constantes de governos do PSDB.

Em Ribeirão Preto, uma novidade da prefeitura é propor a "uberização" do ensino. Ou seja, professores sem vínculo empregatício seriam chamados por um aplicativo e correriam para dar aula às pressas. 

Haveria apenas uma hora entre a solicitação e a chegada à escola, pouco importando o tempo de preparo de aula, o vínculo com o local de ensino e a estabilidade profissional do professor "uberizado".

O PSDB não quer professores substitutos, quer professores substituíveis. O rodízio descontrolado prejudica o professor e a sala de aula, mas à prefeitura parece um bom negócio. Na esteira da reforma trabalhista, a gestão Duarte Nogueira propõe uma medida altamente questionável, que levará a uma precarização ainda maior da educação.

Se a proposta for aprovada, será o caso de contestar sua constitucionalidade, considerando que há parecer contrário do Conselho Municipal de Educação. Não é com professor transformado em produto descartável que Ribeirão Preto poderá aprimorar a educação pública.

Mandato #EquipeValente

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