A
segregação que antes se fazia a distância e sem afetação direta, conforme a
assepsia impessoal que vigora na violência silenciosa dos condomínios, agora
perdeu a vergonha e proclama abertamente seu mal-estar contra essa
proximidade indesejável dos pobres.
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terça-feira, 1 de setembro de 2015
Dunker: Ressentimento de classe
Um Novo Mal Estar
sábado, 25 de abril de 2015
Novas formas de sofrer no Brasil da Retomada
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Christian Ingo Lenz Dunker
Dois problemas, ou processos, se cruzam, no Brasil dos últimos 20 anos, fazendo com que pensemos em uma mudança estrutural de nossas formas de sofrimento. O primeiro problema é o que podemos chamar de expansão da racionalidade diagnóstica no Brasil pós-inflacionário. Desde então passamos, gradualmente, a entender nossa vida no trabalho, na escola e na comunidade a partir de avaliações. Avaliações, que justificam intervenções que geram novas avaliações. Métricas, orientação para resultados, comparações e cálculo de valores agregados tornaram-se parte e nossa forma de vida comum como nunca antes. Isso justifica, em parte, o crescimento dos diagnósticos de todo tipo: psicológico, educacional, corporativo, jurídico e assim por diante. E não há diagnóstico sem sintoma. Na psicanálise isso se mostrou como uma preocupação ascendente com a psicopatologia e com o tema dos sintomas, os chamados “novos sintomas”: pânicos, depressão, drogadição, anorexia. Esses novos sintomas têm uma coisa em comum. Eles não se organizam a partir do conflito entre o que é proibido e o que é obrigatório, como os sintomas clássicos derivados da contradição entre o desejo e a lei. Os novos sintomas dizem respeito à oposição entre potência e impotência, e eles são determinados por uma crise na intensidade do desejo, ou no que a psicanálise chama de relação entre desejo e gozo.
domingo, 12 de abril de 2015
O encontro na mata
Com o livro Mal-estar, Sofrimento e Sintoma – uma Psicopatologia do Brasil entre Muros, o psicanalista e professor livre-docente da USP Christian Dunker propõe uma nova interpretação do caráter brasileiro, que teria se fixado na lógica excludente do condomínio, e do sofrimento individual e coletivo diante da crise atual
Daniel Benevides e Patricia Rousseaux
A assim como a antropologia e a crítica de arte (para não psicanálise, falar na economia), tem uma linguagem própria, nem sempre fácil de compreender. No entanto, muitas vezes a recompensa para quem mergulha nesse universo é grande.
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