segunda-feira, 10 de maio de 2010

Barões da mídia agem por privilégios




Setores da grande mídia estão preocupados com o crescimento dos movimentos e da pressão por uma legislação similar à existente em todos os países democráticos do mundo para regular e fiscalizar a imprensa em geral. Tendo à frente a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Empresas e Rádio e Televisão (ABERT), entre outros, acenam agora com um subterfúgio: a autoregulamentação, a criação de um código de conduta para o exercício da profissão.

Seus objetivos são conhecidos: elaboram e instituem a tal autoregulamentação exatamente para impedir a regulamentação, por exemplo, do direito de resposta e de imagem garantido na Constituição no mesmo nível que a liberdade de imprensa. Os que encabeçam essa saída - "honrosa" para eles - são os mesmos que inventaram que o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) e uma agência e legislação de regulação do mercado de comunicações (propostas no governo Lula) tinham como objetivo censurar a imprensa e constituiam uma ameaça à sua liberdade.

Agitaram, então, como agitam agora, o espantalho da Lei de Imprensa baixada na ditadura e deturpam a natureza do CFJ e da ANCINAV - projeto que transformava a atual Agência Nacional de Cinema em (Agência) Nacinal de Cinema e Áudiovisual - como pretexto para não aceitar qualquer fiscalização e regulação. Na verdade, defendem uma reserva de mercado e a manutenção do controle político que alguns grupos econômicos e políticos e algumas famílias têm sobre a atividade das comunicações no Brasil.

Dirceu

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...