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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Cracolândia é símbolo fascinante e repugnante da possibilidade de fuga

Contardo Calligaris

Os craqueiros, expulsos da cracolândia original, levaram seu fluxo para a praça Princesa Isabel.

A reportagem de Roberto de Oliveira, na Folha de 29 de maio, nos diz como se sentem os moradores das ruas da nova cracolândia: "Não saio mais com bolsa"; "Costumava ir ao cinema à noite, mas vou agora [15h]"; "Eles abordam os moradores a todo momento. Espalham lixo, fazem cocô e xixi na sua frente".

Quem esteve alguma vez na cracolândia sabe que os entrevistados estão sendo comedidos: a convivência com o fluxo é intolerável.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O suspiro da criatura oprimida

Michel Zaidan

Ludwig Feuerbach, filósofo alemão do século 19

A modernidade não tratou com benevolência as religiões. Sigmund Freud se referiu a elas como uma espécie de neurose, fuga ou escape diante da dura realidade de cada um. E chegou a prever sua extinção, com o avanço da ciência e do pensamento esclarecido. Marx foi mais longe, chamou-as de “ópio do povo”, recriminando as classes que precisavam se apegar a uma ilusão para viver. Os autores contemporâneos – adotando uma postura agnóstica e pragmática – predispuseram-se a aceitar o fenômeno religioso como um fato sociológico, funcional para a sobrevivência da humanidade.

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