domingo, 21 de setembro de 2014

Polícia Militar doutrinada na cultura da violência

Ivana Bentes

Não adianta se indignar com a morte de um camelô em São Paulo por um Policial Militar e/ou saber que "no estado do Rio, entre 2003 e 2012, 9.231 pessoas foram mortas em ações policiais" e na hora de votar ajudar a eleger Pezão/Cabral/Garotinho!

Faz MUITA diferença ter um candidato ao Governo do Rio, o senador Lindberg Farias, que ao invés de "enxugar gelo", ficar no discurso, ou pactuar com a guerra aos pobres propôs a maior reforma na Policia que se tem conhecimento, com uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC-51, que é uma "revolução na arquitetura institucional da segurança pública" como explica Luiz Eduardo Soares, no texto abaixo. Só não vê a diferença quem não quer!

Constrangidos e envergonhados da politica, desencubem seus votos e tenham mais amor pelo Rio! Ou teremos mais 4 anos e/ou décadas de uma cidade tomada pelas forças mais obscurantistas!


" Hoje, a formação policial é uma verdadeira babel de conteúdos, métodos e graus de densidade. O policial contratado pela PM do Rio de Janeiro para atuar nas UPPs é treinado em um mês, como se a tarefa não fosse extraordinariamente complexa e não envolvesse elevada responsabilidade.

A tortura e o assassinato de Amarildo, na UPP da Rocinha, não foram fruto da falta de preparo, mas do excesso de preparo para a brutalidade letal e o mais vil desrespeito aos direitos elementares e à dignidade humana.

A tradição corporativa, autorizada por fatia da sociedade e pelas autoridades, impõe-se ante a ausência de uma educação minimamente comprometida com a legalidade e os valores republicanos. De que serve punir indivíduos se o padrão de funcionamento rotineiro é reproduzido desde a formação, ou no vácuo produzido por sua ausência?

A PEC propõe avanços também no controle externo e na participação da sociedade, o que é decisivo para alterar o padrão de relacionamento das instituições policiais com as populações mais vulneráveis, atualmente marcado pela hostilidade, a qual reproduz desigualdades. Assinale-se que a brutalidade policial letal atingiu, em nosso país, patamares inqualificáveis. Para dar um exemplo, no estado do Rio, entre 2003 e 2012, 9.231 pessoas foram mortas em ações policiais. " (Luiz Eduardo Soares no seu blog http://www.luizeduardosoares.com/?p=1185



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