quarta-feira, 19 de junho de 2013

Sem-teto preparam atos contra aluguéis na cidade de São Paulo na quarta-feira




Movimento dos Trabalhadores Sem Teto quer incluir debate sobre valores dos aluguéis nos protestos motivados pelo aumento da tarifa de transporte público. 
Na visão dos movimentos, o reajuste sobre os aluguéis supera em muito o índice de inflação.

 Rodrigo Gomes,

São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento Periferia Ativa vão realizar uma série de protestos em diversos pontos da capital paulista, na manhã da próxima quarta-feira (17), solidarizando-se às manifestações contra o aumento tarifa do transporte público e reivindicando uma legislação que regulamente o reajuste dos aluguéis. Segundo o coordenador nacional do MTST Guilherme Boulos, “é importante ampliar a luta dos estudantes para as periferias da cidade e mostrar que eles não estão sozinhos”.

Boulos disse que o crescimento das mobilizações nos últimos dias e as iniciativas de criminalização por parte dos governos municipal e estadual fez com que os trabalhadores se envolvessem ativamente nos atos, tanto na defesa da luta pela redução das tarifas de transporte quanto em relação a outras demandas urgentes dos trabalhadores da periferia, como o o preço dos aluguéis. As ações serão realizadas nas regiões sul, oeste e central da capital.

Sobre a reivindicação de regulamentação dos aluguéis, Boulos afirma que atualmente cada proprietário tem liberdade de reajustar como quiser. “No governo de Getúlio Vargas tivemos a Lei do Inquilinato que controlava, e até mesmo congelava, o reajuste do valor do aluguel. Hoje, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), utilizado para calcular o valor do reajuste, é ignorado, sendo que em São Paulo e no Rio de Janeiro os preços chegam a subir quatro vezes mais”, explica.

De acordo com o Índice de Custo de Vida, elaborado pelo Dieese, para a capital paulista, desde o início do ano, os custos de habitação com locação e condomínio subiram 2,28%. Nos últimos 12 meses, a variação geral é de 2,86%. Bem abaixo dos valores descritos por Boulos. Por isso, o militante quer que sejam elaborados critérios claros para o reajuste, que respeitem a realidade econômica da população.

Rede Brasil Atual 

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