A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira que lançará um Plano Safra específico para o semiárido nordestino, região que tem sofrido com uma das secas mais severas das últimas décadas.
Em discurso em Natal, onde entregou retroescavadeiras para prefeituras do Rio Grande do Norte, Dilma disse que o Plano Safra do semiárido incluirá ações emergenciais e o equacionamento de dívidas de agricultores da região.
"Nós vamos lançar um Plano Safra do semiárido, só para o semiárido. O Brasil tem Plano Safra da agricultura comercial e tem Plano Safra da agricultura familiar. Agora nós vamos regionalizar o Plano Safra, só para o semiárido nordestino", disse a presidente.
"Para garantir que a cada vez que a seca ocorre, as pessoas não percam sua criação, não tenham do que viver e o governo federal não tenha de, na entressafra, de importar do sul do país, da Argentina e do Uruguai, milho para abastecer os animais aqui do Nordeste", acrescentou.
O governo anuncia na terça-feira o Plano Safra para a temporada 2013/14 em cerimônia na terçafeira no Palácio do Planalto.
Na semana passada, uma fonte do governo federal disse à Reuters que os recursos do novo Plano Safra devem aumentar 21,5 por cento ante o montante destinado na temporada 2012/13, atingindo 140 bilhões de reais.
Segundo Dilma, o plano específico para o semiárido procurará resolver ainda o endividamento dos produtores. "As dívidas também serão equacionadas neste Plano Safra que nós iremos lançar", disse, sem especificar se o Plano Safra para o semiárido também será lançado na terça-feira.
AFAGOS
Em um momento de dificuldades nas relações com o Congresso Nacional, Dilma aproveitou o discurso para elogiar o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presente na solenidade.
O anúncio do Plano Safra para o semiárido ocorre também num momento em que Dilma busca reforçar sua presença no Nordeste, região em que teve expressiva votação na eleição presidencial de 2010, assim como já tinha ocorrido com seu antecessor, o também petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Folha Online
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