terça-feira, 11 de junho de 2013

Paraíba tem déficit de 124 mil domicílios




Entre as capitais nordestinas, o déficit habitacional pessoense só é maior que o de Maceió.

Nathielle Ferreira e Rizemberg Felipe

Conforme o estudo, a Paraíba possui 1.090.463 residências, mas nem todas possuem condições dignas de moradia

A Paraíba tem déficit de 124.851 domicílios, segundo estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea). O indicador é o terceiro menor da região Nordeste, sendo maior apenas que o déficit encontrado no Rio Grande do Norte (107.617) e no Sergipe (76.990).

Os dados fazem parte da Nota Técnica “Estimativas do Déficit Habitacional Brasileiro” e são resultado de uma pesquisa feita entre os anos de 2007 e 2011. O estudo, que analisou a situação habitacional nos Estados e nas principais cidades do país, apontou que a realidade da Paraíba ainda é preocupante, apesar de possuir o terceiro menor déficit do Nordeste.

Conforme o estudo, a Paraíba possui 1.090.463 residências, mas nem todas possuem condições dignas de moradia. Destas, 33.623 estão em situação precária de estrutura e outras 53.703 são habitadas por mais de uma família.

Em João Pessoa, a carência é de 20.939 moradias. A cidade possui 213.623 habitações, sendo que 3.118 estão em péssimas condições, enquanto que outras 10.281 são compartilhadas por membros de duas famílias ou mais. Já em Campina Grande, o déficit apontado pelo Ipea é de 45.974 moradias. Além disto, 9.820 domicílios encontram-se em situação precária.

Entre as capitais nordestinas, o déficit habitacional pessoense só é maior que o apresentado por Maceió, onde faltam 19.221 casas.

Já as maiores quantidades de carência de domicílios entre as capitais nordestinas foram apresentadas por Salvador (126.810), Recife (126.653), Fortaleza (116.985), São Luís (59.854) e Teresina (59.140), Natal (47.561) e Aracaju (31.995).

De acordo com a secretária municipal de Habitação, Socorro Gadelha, em João Pessoa, durante os próximos quatro anos, o governo municipal pretende reduzir em mais de 62% o déficit habitacional apontado pelo Ipea. De acordo com a secretária, a meta é construir até 2016 cerca de 13 mil casas, em parceria com o governo federal. As famílias terão acesso às habitações através do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Socorro ainda acrescentou que os projetos relativos às obras de oito mil habitações já estão sendo analisados pela Caixa Econômica Federal. Além disso, técnicos da prefeitura estão fazendo estudos para localizar terrenos com capacidade de abrigar outras oito casas populares.

Na esfera estadual, o órgão público responsável por realizar projetos habitacionais voltados para a população é a Companhia de Habitação Popular (Cehap). Ontem, a reportagem procurou a superintendente da instituição, Emília Correia Lima, para comentar o resultado da pesquisa, mas ela não foi localizada.

Jornal da Paraíba

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