Isabela Schincariol
Com o objetivo de aprofundar a relação da ENSP com os Movimentos Sociais, teve início, na Escola, o processo de articulação para a constituição de um fórum voltado para essa temática. Para tanto, no dia 5/6, professores, pesquisadores, analistas de gestão e técnicos se reuniram para apresentar projetos e atividades que desenvolvem com os movimentos sociais e sindicatos nas dimensões do ensino, pesquisa, cooperação técnica e serviços de referência.
A instituição de fóruns de discussão se insere na nova política de Direção da Escola e visa alcançar o debate com uma comunidade mais ampliada de pares, para criar e fortalecer espaços de diálogo. Além de outras frentes, a Escola pretende contar com a participação desses movimentos na reflexão sobre os desafios da saúde pública e em sua própria formação, tendo em vista o enfrentamento desses desafios.
Dentre as principais questões levantadas e discutidas pelos participantes da reunião, vale destacar o protagonismo dos movimentos sociais no conhecimento e na transformação da realidade. Segundo o pesquisador do Departamento de Endemias Samuel Pessoa e coordenador dessa articulação, Eduardo Stotz, movimentos sociais expressam as contradições da sociedade e lutam por direitos nas dimensões do trabalho, gênero, moradia, saúde mental, situação da pobreza, exposição aos agravos e muitos outros. Durante o encontro, Stotz ressaltou a preservação da autonomia desses movimentos como um dos aspectos relevantes, “uma vez que envolve tanto a sua integração crítica a iniciativas estatais como ao posicionamento da ENSP como um órgão do Estado frente a eles”, explicitou.
Além de Eduardo Stotz e do diretor da ENSP, Hermano Castro, a reunião contou com a presença de representantes de diferentes departamentos e movimentos. Entre eles Emilia Correia, pelo Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da ENSP; Carla Moura Lima e Marize Cunha, pelo Departamento de Endemias Samuel Pessoa; Paulo Amarante, pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps/ENSP); Paulo Bruno, pelo Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/ENSP); Carlos Basília, pelo Observatório TB Brasil; Fatima Pivetta e José Augusto Pina, pelo Centro de Estudo em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP); Maria Helena Barros e Luiz Carlos Fadel, pelo Grupo de Direitos Humanos em Saúde Helena Besserman (Dihs/ENSP); e Sandra Martins, Rosane Souza, Pedro Lima e Leonardo Brasil Bueno, pela Assessoria de Cooperação Social da ENSP.
De acordo com Stotz, “há uma expectativa de que o Fórum contribua para superar a fragmentação e o isolamento institucional, na análise da conjuntura da saúde e na formulação de propostas de políticas, e fortaleça a organização de base dos movimentos e a atuação no nível local, atentando para a diferença de ritmos e lógicas entre a ‘academia e a rua”.
Ao longo da reunião, Hermano Castro ratificou seu compromisso de reforçar o protagonismo da ENSP no campo da saúde coletiva, com vistas a um sistema único de saúde cada vez mais público; contribuir para a melhoria das condições de vida da população brasileira; e trabalhar com os movimentos sociais na formulação, implementação e avaliação de políticas de saúde.
Na ocasião, o diretor convidou os participantes dessa construção a atuarem de forma ativa na preparação da já consagrada semana de aniversário da Escola, que, este ano, será dedicada a Sérgio Arouca. Com esse tema - além do resgate do processo da Reforma Sanitária Brasileira e da Participação Popular -, pretende-se discutir a situação e os desafios do SUS diante de nossa sociedade em seu momento atual.
Ao final da reunião, os participantes do encontro avaliaram como muito importante esse primeiro passo para a criação do Fórum de Articulação entre a ENSP e os Movimentos Sociais. Foi consenso entre eles que o fórum, efetivamente, passará a existir quando os movimentos sociais estiverem presentes e o planejamento das suas atividades forem conjuntas.
Também foi apontado, no encerramento da reunião, que, por se tratar de um espaço de integração acadêmico-político com os movimentos sociais, a proposta do fórum será apresentada ao Conselho Deliberativo da ENSP para sua efetiva implementação. O próximo encontro está previsto para o dia 19 de junho, e o tema principal da pauta será a efetividade do fórum.
Ensp Fiocruz
Dentre as principais questões levantadas e discutidas pelos participantes da reunião, vale destacar o protagonismo dos movimentos sociais no conhecimento e na transformação da realidade. Segundo o pesquisador do Departamento de Endemias Samuel Pessoa e coordenador dessa articulação, Eduardo Stotz, movimentos sociais expressam as contradições da sociedade e lutam por direitos nas dimensões do trabalho, gênero, moradia, saúde mental, situação da pobreza, exposição aos agravos e muitos outros. Durante o encontro, Stotz ressaltou a preservação da autonomia desses movimentos como um dos aspectos relevantes, “uma vez que envolve tanto a sua integração crítica a iniciativas estatais como ao posicionamento da ENSP como um órgão do Estado frente a eles”, explicitou.
Além de Eduardo Stotz e do diretor da ENSP, Hermano Castro, a reunião contou com a presença de representantes de diferentes departamentos e movimentos. Entre eles Emilia Correia, pelo Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da ENSP; Carla Moura Lima e Marize Cunha, pelo Departamento de Endemias Samuel Pessoa; Paulo Amarante, pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps/ENSP); Paulo Bruno, pelo Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/ENSP); Carlos Basília, pelo Observatório TB Brasil; Fatima Pivetta e José Augusto Pina, pelo Centro de Estudo em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP); Maria Helena Barros e Luiz Carlos Fadel, pelo Grupo de Direitos Humanos em Saúde Helena Besserman (Dihs/ENSP); e Sandra Martins, Rosane Souza, Pedro Lima e Leonardo Brasil Bueno, pela Assessoria de Cooperação Social da ENSP.
De acordo com Stotz, “há uma expectativa de que o Fórum contribua para superar a fragmentação e o isolamento institucional, na análise da conjuntura da saúde e na formulação de propostas de políticas, e fortaleça a organização de base dos movimentos e a atuação no nível local, atentando para a diferença de ritmos e lógicas entre a ‘academia e a rua”.
Ao longo da reunião, Hermano Castro ratificou seu compromisso de reforçar o protagonismo da ENSP no campo da saúde coletiva, com vistas a um sistema único de saúde cada vez mais público; contribuir para a melhoria das condições de vida da população brasileira; e trabalhar com os movimentos sociais na formulação, implementação e avaliação de políticas de saúde.
Na ocasião, o diretor convidou os participantes dessa construção a atuarem de forma ativa na preparação da já consagrada semana de aniversário da Escola, que, este ano, será dedicada a Sérgio Arouca. Com esse tema - além do resgate do processo da Reforma Sanitária Brasileira e da Participação Popular -, pretende-se discutir a situação e os desafios do SUS diante de nossa sociedade em seu momento atual.
Ao final da reunião, os participantes do encontro avaliaram como muito importante esse primeiro passo para a criação do Fórum de Articulação entre a ENSP e os Movimentos Sociais. Foi consenso entre eles que o fórum, efetivamente, passará a existir quando os movimentos sociais estiverem presentes e o planejamento das suas atividades forem conjuntas.
Também foi apontado, no encerramento da reunião, que, por se tratar de um espaço de integração acadêmico-político com os movimentos sociais, a proposta do fórum será apresentada ao Conselho Deliberativo da ENSP para sua efetiva implementação. O próximo encontro está previsto para o dia 19 de junho, e o tema principal da pauta será a efetividade do fórum.
Ensp Fiocruz
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