terça-feira, 28 de novembro de 2017
domingo, 26 de novembro de 2017
Santayana: porque tomaram o Brasil de assalto
O Brasil que não nos deixam ser
Mauro Santayana
A “história oficial” que tenta contar, ou corrobora, enquanto discurso quase único, a mídia brasileira hoje, é a de que vivemos em um país subitamente assaltado, em termos históricos, nos últimos 15 anos, por “quadrilhas” e organizações criminosas, infiltradas em governos populistas e incompetentes que, acossado pela corrupção, tenta, por meio de uma justiça corajosa e impoluta, livrar-se desse flagelo “limpando” a ferro e fogo a Nação, enquanto um governo que, coitado, não é perfeito, mas foi alçado ao poder pelas “circunstâncias”, tenta “modernizar” o Brasil, por meio de reformas tão inadiáveis quanto necessárias, para tirá-lo de uma terrível bancarrota em que o governo anterior o enfiou.
A “história oficial” que tenta contar, ou corrobora, enquanto discurso quase único, a mídia brasileira hoje, é a de que vivemos em um país subitamente assaltado, em termos históricos, nos últimos 15 anos, por “quadrilhas” e organizações criminosas, infiltradas em governos populistas e incompetentes que, acossado pela corrupção, tenta, por meio de uma justiça corajosa e impoluta, livrar-se desse flagelo “limpando” a ferro e fogo a Nação, enquanto um governo que, coitado, não é perfeito, mas foi alçado ao poder pelas “circunstâncias”, tenta “modernizar” o Brasil, por meio de reformas tão inadiáveis quanto necessárias, para tirá-lo de uma terrível bancarrota em que o governo anterior o enfiou.
Décadas de Espanto e uma Apologia Democrática; W.G. dos Santos
Na imagem, trecho de "Décadas de Espanto e uma Apologia Democrática", de Wanderley Guilherme dos Santos.
Promotora detona Moro:” Objetivo da Lava Jato é eliminar os adversários do PSDB e das oligarquias”
No último dia 10 de outubro, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizou audiência pública para debater o sistema de justiça brasileiro.
Uma das convidadas, a promotora de justiça Lúcia Helena Barbosa de Oliveira, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), criticou de forma contundente a Lava Jato e seus integrantes, apontando diversos abusos da operação.
A fala de Lúcia Helena viralizou (veja abaixo). “Se um juiz é fotografado conversando no ouvido do opositor político do seu réu ou se o juiz vai aos jornais, como o presidente do TRF-4 o fez, para fazer apreciação de valor da sentença que ele vai julgar dizendo que a sentença do Moro é irrepreensível, ele já é suspeito”, falou.
O DCM conversou com Lúcia Helena Barbosa de Oliveira.
Uma das convidadas, a promotora de justiça Lúcia Helena Barbosa de Oliveira, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), criticou de forma contundente a Lava Jato e seus integrantes, apontando diversos abusos da operação.
A fala de Lúcia Helena viralizou (veja abaixo). “Se um juiz é fotografado conversando no ouvido do opositor político do seu réu ou se o juiz vai aos jornais, como o presidente do TRF-4 o fez, para fazer apreciação de valor da sentença que ele vai julgar dizendo que a sentença do Moro é irrepreensível, ele já é suspeito”, falou.
O DCM conversou com Lúcia Helena Barbosa de Oliveira.
A importância de derrotarmos as elites do atraso
Frei Leonardo Boff*
Por mais críticas que se façam e se tenha que fazer ao PT, com ele ocorreu algo inédito na história política do país. Alguém do andar de baixo conseguiu furar a blindagem que as classes do poder, da comunicação e do dinheiro, por séculos, montaram, para inviabilizar políticas públicas em benefício de milhões de empobrecidos.
As elites endinheiradas nunca aceitaram um operário, por voto popular, que chegasse ao poder central. É verdade que elas também se beneficiaram, pois a natureza de sua acumulação, uma das mais altas do mundo, sequer foi tocada. Mas permanecia aquele espinho na política: aceitar que o lugar que supunham ser seu, fosse ocupado por alguém vindo da grande tribulação imposta aos pobres, negros, indígenas, operários durante todo o tempo da existência do Brasil.
Seu nome é Luiz Inácio Lula da Silva.
Por mais críticas que se façam e se tenha que fazer ao PT, com ele ocorreu algo inédito na história política do país. Alguém do andar de baixo conseguiu furar a blindagem que as classes do poder, da comunicação e do dinheiro, por séculos, montaram, para inviabilizar políticas públicas em benefício de milhões de empobrecidos.
As elites endinheiradas nunca aceitaram um operário, por voto popular, que chegasse ao poder central. É verdade que elas também se beneficiaram, pois a natureza de sua acumulação, uma das mais altas do mundo, sequer foi tocada. Mas permanecia aquele espinho na política: aceitar que o lugar que supunham ser seu, fosse ocupado por alguém vindo da grande tribulação imposta aos pobres, negros, indígenas, operários durante todo o tempo da existência do Brasil.
Seu nome é Luiz Inácio Lula da Silva.
Quando o Procurador e a Secretária deixam o ar condicionado
Frei Anastácio elogia ações de Procurador da República no combate à violência no campo, na PB
O deputado estadual Frei Anastácio elogiou, na tribuna da Assembleia Legislativa, as ações do procurador da República, na Paraíba, José Godoy, e a secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Cida Ramos, pelas iniciativas tomadas para combater a violência no campo que se instalou na região do Agreste, com foco maior no município de Mogeiro.
Segundo o deputado, o procurador e a secretária deixaram o ar condicionado dos seus gabinetes e foram ver de perto a situação das famílias camponesas. “As famílias, sobretudo, na região de Mogeiro, são espancadas, ameaçadas de morte, tento casas queimadas e sendo alvo de constantes tiroteios promovidos por capangas pagos por proprietários de terras da região. Eles já tentaram até acabar missa campal à bala. Também atiraram em ônibus que transportava trabalhadores para reuniões e fazem constantes ameaças. São milícias organizadas que agem para expulsar famílias de trabalhadores acampados. Um das mais violentas esta nas terras da família Silveira”, denunciou o deputado.
O deputado estadual Frei Anastácio elogiou, na tribuna da Assembleia Legislativa, as ações do procurador da República, na Paraíba, José Godoy, e a secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Cida Ramos, pelas iniciativas tomadas para combater a violência no campo que se instalou na região do Agreste, com foco maior no município de Mogeiro.
Segundo o deputado, o procurador e a secretária deixaram o ar condicionado dos seus gabinetes e foram ver de perto a situação das famílias camponesas. “As famílias, sobretudo, na região de Mogeiro, são espancadas, ameaçadas de morte, tento casas queimadas e sendo alvo de constantes tiroteios promovidos por capangas pagos por proprietários de terras da região. Eles já tentaram até acabar missa campal à bala. Também atiraram em ônibus que transportava trabalhadores para reuniões e fazem constantes ameaças. São milícias organizadas que agem para expulsar famílias de trabalhadores acampados. Um das mais violentas esta nas terras da família Silveira”, denunciou o deputado.
sábado, 25 de novembro de 2017
O DNA punitivista da PGR
Eugênio Aragão*
Não surpreenderam as alegações finais apresentadas ontem pela Procuradora-geral da República, Doutora Raquel Dodge, contra a Senadora Gleisi Hoffmann e o ex-Ministro Paulo Bernardo. Como na parábola do escorpião e da tartaruga, Sua Excelência não podia negar sua natureza. Afinal, para chegar lá, não contou com a indicação de um chefe de governo eleito e com contas a prestar à sociedade. Contou tão e só com eleição corporativa na qual, para constar de ilegítima e ilegal lista tríplice, teve que prometer rios e fundos a seus colegas, muitos dos quais não primam por sentimentos democráticos e fidelidade à constituição. A grande maioria do colégio eleitoral de Raquel Dodge aplaude o punitivismo tosco e redentor que fez a instituição descarrilhar e se alimenta da bronca antipetista disseminada pela mídia tupiniquim.
Não surpreenderam as alegações finais apresentadas ontem pela Procuradora-geral da República, Doutora Raquel Dodge, contra a Senadora Gleisi Hoffmann e o ex-Ministro Paulo Bernardo. Como na parábola do escorpião e da tartaruga, Sua Excelência não podia negar sua natureza. Afinal, para chegar lá, não contou com a indicação de um chefe de governo eleito e com contas a prestar à sociedade. Contou tão e só com eleição corporativa na qual, para constar de ilegítima e ilegal lista tríplice, teve que prometer rios e fundos a seus colegas, muitos dos quais não primam por sentimentos democráticos e fidelidade à constituição. A grande maioria do colégio eleitoral de Raquel Dodge aplaude o punitivismo tosco e redentor que fez a instituição descarrilhar e se alimenta da bronca antipetista disseminada pela mídia tupiniquim.
Parlamentarismo é golpe
Essa decisão abre uma brecha que permite mais um tenebroso passo no golpe em curso no Brasil desde 2016, com a possibilidade de implantação do parlamentarismo por decisão do Congresso Nacional sem consultar a população através de um plebiscito.
É golpe – acusou prontamente a pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela D’ Avila, acompanhando a reação de seu partido junto com o PT, PDT e PSB que, em nota conjunta, protestaram contra a iniciativa que castra os poderes do presidente a ser eleito em 2018.
Cantora Anitta detonou a proposta do Banco Mundial...
..., encomendada pelo governo de Michel Temer, para diminuir os gastos públicos no País, acabando com o ensino superior gratuito; "Tendi.... precisamos cortar custos... por onde começamos??? Ahhh educação, claro. Genial", disse Anitta em sua página no Twitter
Banco Mundial volta a dar ordens ao Brasil
Um ano sem o PT no poder e o Banco Mundial já volta a dar as cartas por aqui. Um relatório feito a pedido do então ministro a Fazenda Joaquim Levy, no governo Dilma, em 2015, mas concluído a partir de workshops com técnicos do governo Temer, dá “conselhos” que caem como uma luva para a agenda neoliberal do consórcio PMDB-PSDB. “O relatório surgiu a partir de um pedido do governo federal”, fez questão de destacar o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, sobre o texto onde o banco sugere, entre outras iniciativas, a nociva reforma previdenciária e o fim da universidade pública e gratuita, enquanto outros países, como os EUA, lutam para tê-las.
O STF, o grande golpe do país da impunidade e o avanço da arbitrariedade
“não se combate a corrupção combatendo direitos fundamentais"
Mauro Santayana
Quando todos estiverem gritando a mesma coisa, desconfie. Quem defende a democracia não pode apoiar,ainda por cima seletivamente, o uso da Justiça na disputa política
Hipocrisia e falso moralismo – como Hitler e Mussolini já mostraram – são escadas para a estupidez e o autoritarismo
Mauro Santayana
Quando todos estiverem gritando a mesma coisa, desconfie. Quem defende a democracia não pode apoiar,ainda por cima seletivamente, o uso da Justiça na disputa política
Hipocrisia e falso moralismo – como Hitler e Mussolini já mostraram – são escadas para a estupidez e o autoritarismo
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Tarso Genro: a “sinuca de bico” de Lula em tempo real
Maioria de esquerda ? |
“Nem toda classe está idiotizada”, diz procurador que protestou em palestra de Moro
O juiz Sérgio Moro fez uma das palestras de abertura do Congresso Brasileiro de Procuradores Municipais na noite desta terça-feira (21), no teatro da Ópera de Arame, em Curitiba (PR).
Um grupo de procuradores havia planejado abrir oito faixas com as letras da palavra “vergonha”, assim que o magistrado começasse a falar ao microfone. Porém, a equipe de segurança do evento decidiu apreender os objetos antes da palestra.
Um grupo de procuradores havia planejado abrir oito faixas com as letras da palavra “vergonha”, assim que o magistrado começasse a falar ao microfone. Porém, a equipe de segurança do evento decidiu apreender os objetos antes da palestra.
Procurador atenta contra democracia e contra defesa de Lula
Mais de 200 advogados assinam nota de repúdio contra a tentativa de um procurador de quer ter acesso às ligações de advogados, o que é vedado por lei
José Cruz/Agência Brasil
Um grupo de mais de 200 advogados assinou uma nota de repúdio contra um recurso do Ministério Público Federal que solicita acesso às gravações telefônicas – autorizadas pelo juiz Sérgio Moro – da central do escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados que faz a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para os advogados, a solicitação feita pelo MPF atenta contra o Estado Democrático de Direito. Esse é mais um capítulo da perseguição jurídica e midiática contra o ex-presidente que atenta contra as leis sem qualquer pudor. A nota foi divulgada com exclusividade pelo site Migalhas:
José Cruz/Agência Brasil
Um grupo de mais de 200 advogados assinou uma nota de repúdio contra um recurso do Ministério Público Federal que solicita acesso às gravações telefônicas – autorizadas pelo juiz Sérgio Moro – da central do escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados que faz a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para os advogados, a solicitação feita pelo MPF atenta contra o Estado Democrático de Direito. Esse é mais um capítulo da perseguição jurídica e midiática contra o ex-presidente que atenta contra as leis sem qualquer pudor. A nota foi divulgada com exclusividade pelo site Migalhas:
Anticidadania e desdemocratização
Cidadania, democracia |
Em um ensaio clássico, o sociólogo britânico T. H. Marshall argumentou que a cidadania experimentou, nos países desenvolvidos, durante os séculos XVIII, XIX e XX, um desenvolvimento progressista, que foi abarcando, respectivamente, em cada um desses três grandes períodos históricos, os direitos civis, políticos e sociais. No primeiro momento, a constitucionalismo liberal foi fundamental para a limitação do poder do Estado, até então absoluto, e a garantia dos direitos fundamentais. A democratização (extensão do sufrágio e liberdade de organização), processo no qual os trabalhadores desempenharam um papel estrutural, teve importância chave na conquista dos dois últimos grupos de direito mencionados.
O auto-retrato da imparcialidade dos juízes brasileiros
Michel Zaidan Filho
Não há um Poder da República Brasileira mais em foco do que o Poder Judiciário, hoje. Sobretudo, a Supremo Corte (STF). Já houve até quem decretasse a falência dos outros dois Poderes e a inevitável ascensão do Poder Judiciário, através de um processo conhecido como "judicialização da Política". Para alguns, uma tendência mais ou menos universal, em razão da lentidão, do despreparo, do corporativismo das câmaras legislativas no país. A isso, venho se somar o "ativismo judicial" como uma manifestação de republicanismo da magistratura, em face da inércia ou incapacidade do Poder Legislativo atender aos reclamos da sociedade. Estaríamos assim numa espécie de juriscracia, ou um governo dos juízes. Até começarem os protestos pela falta de legitimidade dos magistrados em decidir questões polêmicas, em nome dos cidadãos e cidadãs. Depois, vieram as arguições sobre a natureza política da indicação de seus membros e, mesmo, de suas decisões
Não há um Poder da República Brasileira mais em foco do que o Poder Judiciário, hoje. Sobretudo, a Supremo Corte (STF). Já houve até quem decretasse a falência dos outros dois Poderes e a inevitável ascensão do Poder Judiciário, através de um processo conhecido como "judicialização da Política". Para alguns, uma tendência mais ou menos universal, em razão da lentidão, do despreparo, do corporativismo das câmaras legislativas no país. A isso, venho se somar o "ativismo judicial" como uma manifestação de republicanismo da magistratura, em face da inércia ou incapacidade do Poder Legislativo atender aos reclamos da sociedade. Estaríamos assim numa espécie de juriscracia, ou um governo dos juízes. Até começarem os protestos pela falta de legitimidade dos magistrados em decidir questões polêmicas, em nome dos cidadãos e cidadãs. Depois, vieram as arguições sobre a natureza política da indicação de seus membros e, mesmo, de suas decisões
terça-feira, 21 de novembro de 2017
'Temos juízes com férias de 60 dias e outros que não trabalham de segunda e sexta'
Leticia Mori
"Temos um Estado que não tem sido capaz de atender o clamor da sociedade [por Justiça] (...) e joga para os ombros do cidadão e a responsabilidade pela impunidade"
No ano em que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo completa 85 anos, o presidente da entidade, Marcos da Costa, afirma que o direito de defesa do cidadão nunca esteve tão ameaçado no Brasil desde o fim da ditadura. Além disso, diz que entre os principais motivos para a morosidade da Justiça estão problemas de gestão e mazelas do próprio Judiciário, como excesso de folgas dos magistrados.
"Temos um Estado que não tem sido capaz de atender o clamor da sociedade [por Justiça] (...) e joga para os ombros do cidadão e a responsabilidade pela impunidade"
No ano em que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo completa 85 anos, o presidente da entidade, Marcos da Costa, afirma que o direito de defesa do cidadão nunca esteve tão ameaçado no Brasil desde o fim da ditadura. Além disso, diz que entre os principais motivos para a morosidade da Justiça estão problemas de gestão e mazelas do próprio Judiciário, como excesso de folgas dos magistrados.
Moro recusa declarar inocência de Dona Marisa
TRF-4 decide nesta terça sobre recusa de Moro em declarar inocência de Dona Marisa
Nesta terça-feira (21), em Porto Alegre, o Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF-4) irá discutir recurso dos advogados da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pede para ser reconhecida, como manda a lei, a inocência de Dona Marisa Letícia pelo juiz de primeira estância Sérgio Moro no caso do chamado "triplex do Guarujá".
O poder dos juízes
Michel Zaidan Filho
Acabei a leitura de uma tese doutoral sobre o controle da jurisdição constitucional pelos magistrados. Esta é uma tese que, apesar de cada vez mais atual, não é nem simples nem unanimamente aceita. Sua origem mais remota está na obra dos "pais fundadores" da Constituição norte-americana. Ou seja, a ideia de que a soberania popular – expressa através de seus representantes – precisa ter limites (a tirania da maioria). E este limite tem que estar fora do Poder Legislativo e do Poder Executivo, portanto, no Poder Judiciário. É o que se conhece como "review Justice". Vem daí a supremacia constitucional da Corte. Mas há outra fonte de poder dos juízes que é o controle da jurisdição constitucional, de Hans Kelsen, em seu debate com Carl Schmidt. O controle concentrado de constitucionalidade das leis e fatos jurídicos ganhou reputação e se generalizou, depois da segunda guerra mundial, com o modelo preconizado por Kelsen e corporificado na figura de um Tribunal Constitucional alemão.
Acabei a leitura de uma tese doutoral sobre o controle da jurisdição constitucional pelos magistrados. Esta é uma tese que, apesar de cada vez mais atual, não é nem simples nem unanimamente aceita. Sua origem mais remota está na obra dos "pais fundadores" da Constituição norte-americana. Ou seja, a ideia de que a soberania popular – expressa através de seus representantes – precisa ter limites (a tirania da maioria). E este limite tem que estar fora do Poder Legislativo e do Poder Executivo, portanto, no Poder Judiciário. É o que se conhece como "review Justice". Vem daí a supremacia constitucional da Corte. Mas há outra fonte de poder dos juízes que é o controle da jurisdição constitucional, de Hans Kelsen, em seu debate com Carl Schmidt. O controle concentrado de constitucionalidade das leis e fatos jurídicos ganhou reputação e se generalizou, depois da segunda guerra mundial, com o modelo preconizado por Kelsen e corporificado na figura de um Tribunal Constitucional alemão.
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Secretaria de Segurança vai combater milícias, no campo, na região do Agreste
Casa destruída por capangas das milícias |
A Secretaria de Segurança Pública da Paraíba prometeu tomar providências para combater a ação de milícias que atuam na zona rural da região do Agreste da Paraíba, ameaçando e espancando famílias de trabalhadores rurais sem terra. A informação é do deputado estadual Frei Anastácio. “As milícias são formadas por capangas pagos por donos de terras, na região do Agreste”, disse o deputado.
Segundo o parlamentar, a decisão da Secretaria de Segurança em agir contra as milícias é fruto de uma série de reuniões presididas pelo procurador da República, na Paraíba, José Godoy e a secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Cida Ramos. “O procurador e a secretária estiveram na zona rural de Mogeiro, ouviram trabalhadores e analisaram toda situação. Na sexta-feira (17), tivemos mais reuniões na Procuradoria da República e na Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado, de onde saíram vários encaminhamentos. Um deles foi o pedido do procurador da República por providências urgentes da Secretaria de Segurança no combate às milícias no Agreste”, relatou.
Que República é essa ?
Chico Alencar
Uma jovem senhora completa 128 anos: a República Federativa do Brasil. A via mais recente de sua certidão de nascimento é a Carta Magna de 1988. Ali está dito que nossa República, Estado democrático de direito, está fundamentada na soberania, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e no pluralismo político (CF, Art. 1º).
Um sinal especial, congênito, está no Parágrafo único desse artigo: todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.
Uma jovem senhora completa 128 anos: a República Federativa do Brasil. A via mais recente de sua certidão de nascimento é a Carta Magna de 1988. Ali está dito que nossa República, Estado democrático de direito, está fundamentada na soberania, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e no pluralismo político (CF, Art. 1º).
Um sinal especial, congênito, está no Parágrafo único desse artigo: todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.
Paladinos das causas minoritárias
Marcos Coimbra
Grave é que a ojeriza a Lula e ao PT tenha sido assumida por juízes, promotores e delegados, diante da inércia de quem haveria de contê-los
O ano está terminando e as eleições presidenciais ficam cada vez mais próximas. Daqui a apenas 11 meses, teremos um novo presidente da República. Comparado a momentos semelhantes vividos nas últimas décadas, este é o mais incerto. Não pela dúvida a respeito de quem vai ganhar a eleição, pois, a 11 meses do pleito, ninguém apostava, por exemplo, que Fernando Collor venceria em 1989 ou que, em 1994, Fernando Henrique Cardoso nem sequer seria candidato.
O que torna especialmente confuso o panorama não é a dificuldade de antecipar o comportamento dos eleitores em outubro próximo. Isso é próprio da democracia e ocorre em todo o mundo. Nosso problema é mais sério: nunca houve uma eleição brasileira em que, a menos de um ano, ainda estivéssemos sem saber se o principal candidato poderia disputá-la.
Grave é que a ojeriza a Lula e ao PT tenha sido assumida por juízes, promotores e delegados, diante da inércia de quem haveria de contê-los
O ano está terminando e as eleições presidenciais ficam cada vez mais próximas. Daqui a apenas 11 meses, teremos um novo presidente da República. Comparado a momentos semelhantes vividos nas últimas décadas, este é o mais incerto. Não pela dúvida a respeito de quem vai ganhar a eleição, pois, a 11 meses do pleito, ninguém apostava, por exemplo, que Fernando Collor venceria em 1989 ou que, em 1994, Fernando Henrique Cardoso nem sequer seria candidato.
O que torna especialmente confuso o panorama não é a dificuldade de antecipar o comportamento dos eleitores em outubro próximo. Isso é próprio da democracia e ocorre em todo o mundo. Nosso problema é mais sério: nunca houve uma eleição brasileira em que, a menos de um ano, ainda estivéssemos sem saber se o principal candidato poderia disputá-la.
Os governos do PT arrasaram o Brasil
Entenda por que a tese de risco-Lula é tão ridícula
Paulo Whitaker
Já pensou ter tudo isso de volta: crescimento médio do PIB de 4,0% ao ano, inflação controlada e dentro das metas estabelecidas pelo Banco Central, criação de duas dezenas de milhões de empregos, Brasil atingindo pela primeira vez na história a condição de "investment grade", valorização de 503% nas ações da Bolsa de Valores em 8 anos; leia os pontos listados por Diogo Costa
Diogo Costa, em seu facebook
Um risco terrível
Já pensou ter tudo isso de volta e muito mais?
Paulo Whitaker
Já pensou ter tudo isso de volta: crescimento médio do PIB de 4,0% ao ano, inflação controlada e dentro das metas estabelecidas pelo Banco Central, criação de duas dezenas de milhões de empregos, Brasil atingindo pela primeira vez na história a condição de "investment grade", valorização de 503% nas ações da Bolsa de Valores em 8 anos; leia os pontos listados por Diogo Costa
Diogo Costa, em seu facebook
Um risco terrível
Já pensou ter tudo isso de volta e muito mais?
domingo, 19 de novembro de 2017
Minority Report no Brasil : "Pré-Crime", a polícia que apreende criminosos antes que cometam os crimes ;
Precogs brasileiros |
sábado, 18 de novembro de 2017
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
É a Telebras, estúpidos!
Uma solução soberana e estratégica para o mais moderno satélite brasileiro, que custou R$ 2,7 bilhões e está parado, passa pela Telebras – e não entregá-lo às teles estrangeiras
SGDC, lançado no início de maio, idealizado para aumentar a segurança e a soberania, caiu em mão erradas
Mauro Santayana
SGDC, lançado no início de maio, idealizado para aumentar a segurança e a soberania, caiu em mão erradas
Mauro Santayana
Com US$ 380 bilhões em reservas internacionais, e mais centenas de bilhões de reais no caixa do BNDES, dos quais R$ 150 bilhões já foram criminosamente transferidos para o Tesouro Nacional, no ano passado, sem promover um negócio produtivo ou um miserável emprego, em um país que se encontra em plena recessão, o governo está usando a velha e esfarrapada desculpa do Golpe do Brasil Quebrado, na busca da desnacionalização e entrega, a preço de banana, do patrimônio público.
Operação Zelotes; Comando da Aeronáutica nega irregularidades na escolha de caça sueco para FAB
Diante da reabertura das investigações do Programa F-X2 pelo Ministério Público, militares afirmam que opção pelo Saab Gripen NG seguiu critérios exclusivamente técnicos
Por Edmundo Ubiratan em 11 de Fevereiro de 2016 às 16:00
O Ministério Público Federal reabriu as investigações sobre o processo de compra do caça Gripen NG, dentro do programa F-X2. A suspeita de irregularidades surgiu durante a Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga a compra de Medidas Provisórias durante o governo Lula. Os procuradores acreditam haver indícios de que o contrato firmado entre o governo brasileiro e a empresa sueca Saab possa ter sido influenciado pelos lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, que tinham acesso privilegiado ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Documentos recém-descobertos apontam que Marcondes atuou como lobista da empresa sueca junto ao governo brasileiro durante o programa F-X2. A suspeita do Ministério Público é a de que a atuação possa ter envolvido corrupção e tráfico de influência.
Em contato com a reportagem de AERO Magazine, o Comando da Aeronáutica reafirma que todo o processo foi conduzido pela COPAC (Comissão Coordenadora do programa Aeronaves de Combate) de forma independente e completamente técnica. O relatório com mais de 37 mil páginas produzido pela COPAC aponta o Gripen NG como preferido pelos militares. Segundo o documento, o caça sueco é a melhor opção operacional, logística, industrial e tecnológica.
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