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sábado, 15 de dezembro de 2018
'Roma' é uma ficção que fala muito sobre a realidade
Não há o que lamentar e, sim, festejar que, em época de tanta superficialidade, um filme grandioso como este
Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S.Paulo
Há duas sequências bastante impressionantes em Roma, de Alfonso Cuarón. Numa, vê-se a terrível repressão aos estudantes na Praça de Tlatelolco, que redundou em centenas de mortos. Na segunda, uma cena de quase afogamento de uma pessoa num mar revolto que, pelo realismo e pela ameaça, torna-a muito angustiante. Isso para dizer que o filme, embora produção da Netflix, é explicitamente pensado para a tela grande, na qual essas sequências encontram sua potência máxima, inevitavelmente reduzida numa tela menor. A discussão sobre a primazia do cinema sobre o streaming é infindável e vai sendo vencida pela força dos fatos. Ou seja, da grana.
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Rebobinando: Regras da Vida (1999)
Antes de mais nada acho válido lembrarmos que Tobey Maguire não atuou apenas na trilogia de Homem-Aranha (2002-2007), o ator também protagonizou ótimos filmes que hoje praticamente caíram no esquecimento de vários cinéfilos. Entre eles, está o filme homenageado hoje no Rebobinando. Hoje em dia somos todos apaixonados por filmes indicados e vencedores do Oscar e de outros festivais, acompanhar os maiores sucessos de crítica é bem interessante para quem gosta de ficar por dentro das produções mais premiadas, mas de vez em quando sempre deixamos passar alguns filmes que apesar de serem aclamados e premiados, não alcançam uma fama que perdura décadas. Esse é o caso do filme de hoje, mas não é apenas o sucesso de crítica e o poderoso elenco que me chama a atenção nele, mas sim sua bela e comovente história. O clássico da vez é…
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
'Lucky' é tributo à arte de Harry D. Stanton
Luiz Carlos Merten, O Estado de S.Paulo
Jack Nicholson, com quem Harry Dean Stanton dividiu um apartamento quando jovem - drogas, mulheres e rock’n’roll -, dizia que o amigo não era um gozador de verdade porque se preocupava demais com as coisas. “Harry sempre foi uma das raras entidades imprevisíveis do planeta”, sentenciou. E para Sam Shepard, outro amigo, outro admirador, que escreveu para ele o papel de Travis em Paris, Texas, de Wim Wenders, o personagem imortalizado por Harry era o rei da ‘raggedy’. Um eterno maltrapilho, físico e emocional.
terça-feira, 22 de maio de 2018
’‘O Processo’, ou o Brasil que Kafka não viu
Documentário de Maria Augusta Ramos mostra os bastidores do processo de impeachment sofrido pela presidente Dilma Rousseff em 2016. Premiado no exterior, o filme entra hoje em cartaz em 60 salas em todo Brasil.
Luiz Zanin Oricchio
O título do documentário de Maria Augusta Ramos delimita um campo e faz alusão a uma obra clássica. O Processo diz que vai se restringir ao andamento parlamentar e jurídico que depôs a presidente Dilma Rousseff e que este muito se assemelha ao que descreve Franz Kafka em sua obra famosa.
Desse modo, o filme não toca, pelo menos não diretamente, na concertação de forças que permitiu a deposição de uma presidente que havia recebido 54 milhões de votos nas urnas. Restringe-se ao tortuoso percurso parlamentar e jurídico desenhado para dar ares de legalidade a um julgamento já feito de antemão, a um jogo já jogado antes mesmo de começar.
quarta-feira, 2 de maio de 2018
Arábia; o road movie lúcido e emocionante de um trabalhador precário
Crítica: A narrativa se dá em tom realista e mescla momentos de ternura e outros (raros) de alegria ao tônus melancólico de fundo
Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S.Paulo
Não há dúvida de que o tom da melancolia predomina em Arábia, esse maravilhoso filme de Affonso Uchôa e João Dumans. Esse é o sentimento que enfeixa as memórias de Cristiano pelas quebradas de Minas Gerais e lhes empresta a consistência de um conjunto estético sólido.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Filmes Brasileiros: os 10 melhores de 2017
Entre os preferidos, documentários, ficções e obras que ficam entre um gênero e outro. Gabriel e a Montanha foi o que mais me tocou, seguido por Era o Hotel Cambridge e No Intenso Agora. Dos 150 longas produzidos no Brasil em 2017 haveria lugar para pelo menos 20 em uma lista de melhores, número nada negligenciável
Luiz Zanin Oricchio
Luiz Zanin Oricchio
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
Uma lista pessoal: meus 10 melhores filmes estrangeiros de 2017
A seleção abre com o poético 'Paterson', de Jim Jarmusch, e fecha com o grande espetáculo de 'Dunkirk', de Christopher Nolan. Nos próximos anos teremos de debater a inclusão de séries na lista de melhores filmes, como fez os Cahiers du Cinéma com 'Twin Peaks'?
Luiz Zanin Oricchio
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Cinema: chegou a hora dos melhores do ano. Como escolher entre os estrangeiros?
Luiz Fernando Zanin Oricchio
Todo ano é assim. Dizemos que foi tudo medíocre, que a safra é péssima, mas, quando damos início à lista, descobrimos que temos muito mais candidatos que vagas para preencher.
Fui jogando no papel os filmes que me chamaram a atenção durante 2017.
Deem uma olhada no meu universo de escolha:
Todo ano é assim. Dizemos que foi tudo medíocre, que a safra é péssima, mas, quando damos início à lista, descobrimos que temos muito mais candidatos que vagas para preencher.
Fui jogando no papel os filmes que me chamaram a atenção durante 2017.
Deem uma olhada no meu universo de escolha:
domingo, 19 de novembro de 2017
Minority Report no Brasil : "Pré-Crime", a polícia que apreende criminosos antes que cometam os crimes ;
Precogs brasileiros |
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Mídia contamina fronteira entre sanidade e loucura em "O Sinal"
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Desde “A Noite dos Mortos Vivos” (1968), filmes sobre pragas zumbis e contaminações virais se consolidaram como um subgênero do terror com uma característica recorrente: o foco narrativo sempre está nos sobreviventes ou cientistas que tentam salvar o mundo através da racionalidade ou da coragem. “O Sinal” (The Signal, 2007) subverte esse cânone do terror: o que aconteceria se um filme se concentrasse no ponto de vista dos zumbis? Como eles veem a si mesmos? Para eles quais seriam as fronteiras entre normalidade e loucura? O resultado é um filme sem heróis: apenas pessoas normais que não possuem a menor consciência de que foram contaminados por um misterioso sinal transmitido pela TV e dispositivos de áudio como CD players e de comunicação como telefones e rádios. “O Sinal” apaga a fronteira entre a normalidade e a loucura. Mas não espere zumbis canibais se arrastando pelas ruas – apenas pessoas aparentemente normais e até com intenções altruístas. Mas de repente podem matar impiedosamente aqueles que supostamente estejam no caminho da sua felicidade. Outro filme sugerido pelo nosso implacável leitor Felipe Resende.
Desde “A Noite dos Mortos Vivos” (1968), filmes sobre pragas zumbis e contaminações virais se consolidaram como um subgênero do terror com uma característica recorrente: o foco narrativo sempre está nos sobreviventes ou cientistas que tentam salvar o mundo através da racionalidade ou da coragem. “O Sinal” (The Signal, 2007) subverte esse cânone do terror: o que aconteceria se um filme se concentrasse no ponto de vista dos zumbis? Como eles veem a si mesmos? Para eles quais seriam as fronteiras entre normalidade e loucura? O resultado é um filme sem heróis: apenas pessoas normais que não possuem a menor consciência de que foram contaminados por um misterioso sinal transmitido pela TV e dispositivos de áudio como CD players e de comunicação como telefones e rádios. “O Sinal” apaga a fronteira entre a normalidade e a loucura. Mas não espere zumbis canibais se arrastando pelas ruas – apenas pessoas aparentemente normais e até com intenções altruístas. Mas de repente podem matar impiedosamente aqueles que supostamente estejam no caminho da sua felicidade. Outro filme sugerido pelo nosso implacável leitor Felipe Resende.
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Um rei delirante na conquista da Patagônia
Olhar de Cinema. Um rei delirante na conquista da Patagônia
Luiz Fernando Zanin Oricchio
CURITIBA – Rey, do chileno Niles Attalah, traz como personagem a figura polêmica do explorador francês que tentou se tornar monarca da Patagônia para nela fundar a utopia da Nova França. Orelie Antoine de Tounens de fato existiu. Foi um advogado e aventureiro do século 19, que se dedicou a conquistar um pedaço de terra americana para nele plantar seus sonhos.
Luiz Fernando Zanin Oricchio
CURITIBA – Rey, do chileno Niles Attalah, traz como personagem a figura polêmica do explorador francês que tentou se tornar monarca da Patagônia para nela fundar a utopia da Nova França. Orelie Antoine de Tounens de fato existiu. Foi um advogado e aventureiro do século 19, que se dedicou a conquistar um pedaço de terra americana para nele plantar seus sonhos.
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Belos Sonhos
'Belos Sonhos' explora relação não resolvida de um personagem com sua mãe. Filme de Marco Bellocchio se inspira na autobiografia do jornalista italiano Massimo Gramellini
Luiz Zanin Oricchio ,
A questão familiar, a política, a psicanálise. A raiva e a ternura. Tudo cabe no sólido cinema de Marco Bellocchio que, aos 77 anos, filma com agilidade de garoto e serenidade de sábio. Belos Sonhos (Fai Bei Sogni), seu mais novo filme, é inspirado no romance autobiográfico de Massimo Gramellini.
Luiz Zanin Oricchio ,
A questão familiar, a política, a psicanálise. A raiva e a ternura. Tudo cabe no sólido cinema de Marco Bellocchio que, aos 77 anos, filma com agilidade de garoto e serenidade de sábio. Belos Sonhos (Fai Bei Sogni), seu mais novo filme, é inspirado no romance autobiográfico de Massimo Gramellini.
quarta-feira, 8 de março de 2017
O que é roubar um banco perto de fundar um banco?
A Qualquer Custo ou O que é roubar um banco perto de fundar um banco?
Em sua coluna, Mario Sérgio Conti diz que A Qualquer Custo, de David Mackenzie, era o filme mais politizado do Oscar.
Em seu blog, citando Conti, Inácio Araújo diz a mesma coisa.
Eu também, quando vi o filme, fiquei muito bem impressionado. Coisa de adulto, A Qualquer Custo vai à raiz da questão bancária que levou muita gente a perder suas propriedades e economias nos Estados Unidos em 2008. Além de espalhar pelo mundo uma crise financeira que ainda não terminou.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
domingo, 5 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
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