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quarta-feira, 9 de julho de 2014

A pluralidade étnica incompleta da Copa do Mundo


David  Goldblatt

O rebelde Benzema, Pogba e Sakho, astros da França. Lógica empresarial do futebol aceita negros e árabes entre os astros, mas converteu estádios em espaços para elites

Equipes multirraciais expressam potência dos fenômenos migratórios. Mas pobres e não-brancos estão ausentes nas arquibancadas e nas comissões técnicas

As maquiagens étnicas dos 32 times da Copa do Mundo refletem as camadas sedimentares da migração global, nos últimos 500 anos. A destruição colonial, pelos europeus, dos indígenas na América nos dá os times quase inteiramente europeus no Chile, Argentina e México; a Austrália poder considerada uma versão deste fenômeno na Oceânia.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Dia do Ambulante e as zonas de exclusão da FIFA



Documento inédito mapeia situação dos vendedores informais no país e mostra que eles já são afetados pelos preparativos para Copa-2014

Por Andrea Dip, na A Pública

Durante as Olimpíadas de 1988 em Seul, os vendedores ambulantes foram removidos das ruas principais e colocados atrás de paredes e becos, como parte do processo de higienização da cidade. Nas Olimpíadas de 1992 em Barcelona, o comércio de rua foi completamente proibido*. Na África do Sul, o estatuto da Fifa vetou o comércio informal perto de edifícios públicos, igrejas, caixas eletrônicos e das áreas oficiais de exclusão da Fifa – ou “áreas de restrição comercial” como preferem chamar – que, diferentemente do que se pensa, não se restringe apenas ao entorno dos estádios mas também aos locais de eventos oficiais da Fifa (que incluem as fan parks, grandes festas de torcedores geralmente montadas nos centros das cidades ou em praias), centros de credenciamento, áreas oficiais de treinamento, hotéis onde as delegações dos países e as equipes da Fifa estão hospedadas, dentre outros.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Brasil na mão da FIFA: Zona de Exclusão



Comércio em torno da Arena será fechado e publicidades terão de ser retiradas ou cobertas para proteger parceiros da entidade máxima do futebol

Apesar das estimativas otimistas de que o fluxo turístico induzido pela Copa do Mundo possa trazer uma receita adicional de R$ 1,7 bilhão somente para setores de alimentação e compras em todo o país, é provável que os comerciantes inseridos perto dos locais das partidas tenham pouco acesso aos lucros tão alardeados – pelo menos nas vésperas e dias dos jogos.

Socializar os sonhos na maior arquibancada do Brasil

A esperança é mais importante que o mercado
Bernardo Caprara

Enquanto a bola começa a rolar na Copa das Confederações, o Brasil está em convulsão. Para falar a verdade, o mundo está em convulsão. Se durante muito tempo achamos que a inércia era uma característica que acompanhava o século XXI, hoje podemos visualizar que essa ideia estava equivocada. E, pasmem alguns, o futebol não está afastado disso tudo.
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