Jorge Iggor |
O Santos Futebol Clube é, sem nenhuma dúvida, um dos maiores clubes do mundo. Tricampeão da América, bicampeão do mundo, onde jogou o Rei do Futebol, base da Seleção Brasileira em várias Copas do Mundo e que já parou até uma guerra. Uma instituição deste tamanho não poderia ter sido submetida ao vexame de ontem, em Barcelona. A linda história alvinegra não será apagada após a derrota por 8 x 0 no Camp Nou, mas fica a mancha. E ela é enorme.
Aprendi a gostar do Santos quando menino. Peguei a seca de títulos da década de 90, apesar de uma Conmebol ter sido conquistada em 98. Vi o surgimento dos meninos em 2002, o bi brasileiro em 2004, a Libertadores que escapou em 2003 e veio em 2011 e os muitos estaduais nesse período. Teve até Recopa. Vi a torcida crescer entre os jovens com o fenômeno Neymar. E, ultimamente, tenho visto toda a expectativa que criei de ver o Peixe forte e estruturado após a venda de seu maior craque depois de Pelé ir por água abaixo. O que vemos hoje é um clube frágil administrativamente, inofensivo no mercado de contratações e que se distancia, novamente, da sua tradição de conquistas.
Além de vender Neymar em condições "estranhas" (para dizer o mínimo), a atual diretoria entra para a história como a responsável pela estapafúrdia decisão de realizar esse amistoso no Camp Nou. Estava claro para todo mundo que o Santos tinha muito mais a perder do que ganhar. E perdeu feio. Ver a imprensa espanhola chamar um clube tão glorioso do nosso futebol de "medíocre" dói em qualquer torcedor. Minha dor ainda não passou. Vai passar, mas sei que vai me atormentar de vez em quando.
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