O próximo dia 15 do corrente mês marcará os 50 (cinquenta) anos da resistência camponesa de Mari/PB. Naquele 15 de janeiro de 1964, os camponeses associados ao Sindicato Rural de Mari[ii], liderados pelo presidente Antônio Galdino, lavravam e semeavam a terra coletivamente[iii] quando, de repente, surge uma caminhonete com vários homens armados, inclusive com metralhadoras, chefiados pelo gerente da Usina São João, Fernando Gouveia, além de um agrônomo, três capangas e dois sargentos da Polícia Militar que logo se dirigem para o grupo ocupado na lide agrária, mais precisamente ao líder Antônio Galdino, gritando que entregasse o revólver um Colt 45 que, no dia anterior, um pequeno grupo de camponeses que visitava propriedades rurais a fim de solicitar permissão para plantar culturas de subsistência, ao ser surpreendido por um capanga da Usina São João, tomou-lhe o revolver que era privativo da Forças Armadas e o entregou ao presidente do Sindicato.[iv]
Galdino já tinha o propósito de devolver a arma às autoridades competentes, tanto assim que não esboçou nenhuma reação e logo a devolveu. Mal entrega a arma, é ameaçado de ser “enchocalhado” pelo capanga que a perdera na véspera, ao que protestou, quando recebe um disparo fulminante.
Teve lugar, então, um violento conflito, os camponeses usando as armas que tinham às mãos: enxadas e foices, enquanto recebiam disparos de várias armas e rajadas de metralhadoras. Do conflito, resultaram 11 mortos, sendo 4 de camponeses, além de dezenas de feridos. Logo em seguida veio o golpe militar.
A fim de resgatar a memória das lutas camponesas na Paraíba e prestar uma homenagem aos heróis camponeses mortos, extensiva aos familiares remanescentes, o Comitê Paraibano Memória, Verdade e Justiça, entidade civil que reúne organizações que representam os movimentos sociais e de luta, estará levando a efeito um evento público no dia 15 de janeiro, em Mari, com o apoio da Prefeitura Municipal de Mari e do Sindicato Rural[v]
NOTA: Oportunamente será divulgada a programação do evento.
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[1] Texto de autoria de Antônio Augusto de Almeida
[1] Uma das primeiras ligas camponesas transformadas em sindicato rural.
[1] uma gleba de terra da fazenda Olho d’Água cedida aos camponeses pelo então proprietário, Sr. Nezinho de Paula.
[1] O revólver tinha sido "doado" pelo Comando Militar local ao Sr. Renato Ribeiro Coutinho.
[1] Abertura Oficial: Ginásio de Esporte O Marcão – BR-073, km 21, às 9:00h.
Teve lugar, então, um violento conflito, os camponeses usando as armas que tinham às mãos: enxadas e foices, enquanto recebiam disparos de várias armas e rajadas de metralhadoras. Do conflito, resultaram 11 mortos, sendo 4 de camponeses, além de dezenas de feridos. Logo em seguida veio o golpe militar.
A fim de resgatar a memória das lutas camponesas na Paraíba e prestar uma homenagem aos heróis camponeses mortos, extensiva aos familiares remanescentes, o Comitê Paraibano Memória, Verdade e Justiça, entidade civil que reúne organizações que representam os movimentos sociais e de luta, estará levando a efeito um evento público no dia 15 de janeiro, em Mari, com o apoio da Prefeitura Municipal de Mari e do Sindicato Rural[v]
NOTA: Oportunamente será divulgada a programação do evento.
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[1] Texto de autoria de Antônio Augusto de Almeida
[1] Uma das primeiras ligas camponesas transformadas em sindicato rural.
[1] uma gleba de terra da fazenda Olho d’Água cedida aos camponeses pelo então proprietário, Sr. Nezinho de Paula.
[1] O revólver tinha sido "doado" pelo Comando Militar local ao Sr. Renato Ribeiro Coutinho.
[1] Abertura Oficial: Ginásio de Esporte O Marcão – BR-073, km 21, às 9:00h.
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